Hoje na Economia – 22/04/2021

Hoje na Economia – 22/04/2021

Bolsas ao redor do mundo operam sem direção única, com maior parte dos mercados tendo altas, seguindo o que ocorreu nos EUA ontem.

Na Ásia, as bolsas operaram em sua maioria em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 1%, com ganhos de 2,38% no Nikkei225 de Tóquio, 0,47% no Hang Seng de Hong Kong, 0,18% no KOSPI de Seul e 0,77% no SENSEX da Índia. Na China, por outro lado, a bolsa de Xangai teve recuo de -0,23%, após resultados corporativos ruins. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,07%, cotado a ¥/US$ 108,00.

Na Europa, as bolsas estão em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,59%, com avanços de 0,17% no FTSE100 de Londres, 0,86% no CAC40 de Paris e 0,58% no DAX de Frankfurt, com resultados bons de empresas ligadas a lazer e refeições fora do domicílio. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,12%, cotado a US$/€ 1,2050. Hoje ocorre a reunião do Banco Central Europeu, que deve manter o linguajar dovish com o programado aumento no programa de compra de títulos em junho, mesmo com o primeiro banco central de país desenvolvido (Banco do Canadá) tendo anunciado ontem que diminuirá o seu ritmo de compra.

Nos EUA, os índices futuros de ações têm leve queda, após terem subido substancialmente ontem, em torno de +1%. Há recuos de -0,07% no S&P500, -0,15% no NASDAQ e alta de +0,03% no Dow Jones. O dólar está perdendo valor contra outras moedas, com o índice DXY caindo -0,06%. Os juros futuros estão subindo levemente, mas ainda ficando próximos do patamar mínimo em 5 semanas. O yield da Treasury de 10 anos está aumentando 1 pb hoje, para 1,56% a.a.. Na agenda econômica de hoje sairão dados de pedidos semanais de seguro desemprego (expectativa é de alta de 576 mil para 610 mil) e de vendas de casas existentes de março, que devem ter recuado -1,8% M/M. Hoje também o presidente dos EUA, Biden, deve anunciar meta ambiciosa de redução de emissão de carbono em cúpula do clima com 40 outros chefes de Estado.

Os preços de commodities seguem operando sem direção única. O petróleo segue em trajetória de queda, com o barril tipo WTI caindo -0,46% após dados de estoques maiores que esperado ontem. No entanto, o nível de preço ainda segue acima de US$ 60/barril, estando em US$ 61,07. Também há queda de -0,46% no preço do minério de ferro. Por outro lado, há altas de 1,32% no cobre, 1,01% no níquel, 1,49% na soja, 1,40% no milho e 1,11% no trigo.

No Brasil, ontem o presidente Bolsonaro sancionou a lei que permite retirar os programas de combate à pandemia do teto de gastos e da meta de primário, com veto apenas em um trecho ligado ao controle fiscal dos municípios. Hoje é a data limite para sanção do orçamento, e o presidente deve fazer com vetos parciais, de R$ 10,5 bi nas emendas parlamentares e R$ 9,5 bi nas despesas discricionárias. Outros R$ 9 bi em verbas dos ministérios devem ficar disponíveis para cortes ao longo do ano por decreto presidencial com a nova lei sancionada ontem, devendo ocorrer à medida que as despesas obrigatórias se revelem mais elevadas. Os mercados brasileiros devem ter alta após feriado, seguindo o que ocorreu nos EUA ontem. A bolsa deve subir, o real deve se valorizar e os juros futuros devem cair.

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