Hoje na Economia – 22/05/2023

Hoje na Economia – 22/05/2023

Economia Internacional

Na Zona do Euro, os discursos de membros do Banco Central Europeu (ECB) mantiveram o tom hawkish. Lagarde e Schnabel, que discursaram na última sexta-feira, voltaram a reconhecer a persistência e magnitude das pressões inflacionárias e reafirmaram que ainda há trabalho a ser feito em termos de aperto monetário, indicando que uma pausa no ciclo de altas não deve ser iminente.

Na China, o Banco Central chinês (PBoC) manteve as taxas de juros de 1 e de 5 anos em 3,65% e 4,30%, respectivamente, conforme amplamente esperado pelos mercados. Mesmo com o panorama inflacionário comportado e dados de atividade abaixo do esperado em abril, o enfraquecimento do yuan na margem levou a autoridade monetária chinesa a adotar cautela quanto a estímulos monetários adicionais, que ainda podem acontecer à frente via redução da taxa compulsória de reservas bancárias.

Para hoje, a agenda global reserva a divulgação preliminar dos dados de confiança do consumidor referentes a maio na Zona do Euro, enquanto a agenda de discursos de membros de Bancos Centrais desenvolvidos segue movimentada. Bullard, Bostic, Barkin e Daly, do Fed, devem falar; Lane, Villeroy, De Cos e Holzmann, do ECB, também. Os investidores seguem acompanhando o andamento das discussões envolvendo o teto da dívida norte-americana.

Economia Nacional

No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira trouxe revisões baixistas das projeções de inflação para 2023 e 2024. O consenso para o IPCA deste ano caiu de 6,03% para 5,80%, refletindo a percepção de desaceleração de preços administrados, com destaque para a gasolina. Para o ano que vem, a inflação esperada cedeu em menor proporção, caindo de 4,15% para 4,13%. As expectativas para 2025 e 2026 mantiveram-se em 4%, ante as incertezas associadas a alterações das metas de inflação. Em termos de crescimento, houve revisão altista para o PIB de 2023, de 1,02% para 1,20%, e redução da estimativa para o de 2024, de 1,38% para 1,30%.

Hoje a agenda doméstica de dados econômicos deve ser pouco movimentada, contando apenas com a divulgação do saldo semanal da balança comercial. Os mercados locais seguem atentos ao noticiário político associado ao front fiscal.

 

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