Hoje na Economia 22/06/2017

Hoje na Economia 22/06/2017

Edição 1791

22/06/2017

Preços do petróleo em baixa, sem sinais de reversão à vista, contribuem para a manutenção do quadro de quedas para os mercados de ações, enquanto ativos considerados "porto seguro", como a moeda japonesa e metais preciosos, estão em alta, nesta manhã.

Na Europa, as ações ligadas ao setor de energia, ao lado de papeis de bancos, lideram as quedas nas principais praças da região. O índice de ações pan-europeu STOXX600 registra perda de 0,49%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 recua 0,58%, com destaque para as quedas das mineradoras e petroleiras. Em Paris, o CAC40 cai 0,63%; em Frankfurt o DAX tem desvalorização de 0,36%, em ambas as bolsas as maiores quedas são ações de bancos. O euro avança a US$ 1,1173 de US$ 1,1167 de ontem à tarde em Nova York.

No mercado americano, o juro da Treasury de 10 anos situa-se em 2,147% ao ano, recuando de 2,157% observado no final da tarde de ontem. O dólar recua frente às principais moedas, enquanto os futuros das principais bolsas de ações operam em baixa: Dow Jones -0,16%; S&P 500 -0,22%. A agenda econômica se concentra em manifestações de integrantes do Fed. Devem falar em diferentes eventos, vice-presidente Jerome Powell; James Bullard do Fed St. Louis; Loretta Mester do Fed de Cleveland.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam sem sinal único. O índice MSCI Asia Pacific fechou em alta de 0,41%. Na China, a bolsa de Xangai operou no azul boa parte do pregão, mas perdeu fôlego, fechando o dia com queda (índice Composto de Xangai: -0,28%), por conta de novos temores sobre o setor financeiro. Essas preocupações levaram o índice Hang Seng de Xangai a fechar com discreta queda (-0,08%). Em Tóquio, o índice Nikkei também fechou em baixa (-0,14%), por conta da valorização da moeda japonesa. O dólar é negociado a 111,11 ienes, nesta manhã, contra 111,37 ienes de ontem pela tarde.

Os preços do petróleo permanecem em queda. O ceticismo prevalece, com investidores duvidando das chances de reequilíbrio do mercado diante do aumento da produção em vários países, notadamente nos EUA, mesmo após o acordo para reduzir a produção fechado pela Opep. Nesta manhã, o petróleo WTI para agosto cai 0,19%, a US$ 42,45 o barril.

No mercado doméstico, destaque para o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que será divulgado pelo Banco Central (às 8h30). Investidores esperam um sinal sobre o ritmo de queda da Selic e a extensão do atual ciclo de afrouxamento monetário, diante do cenário inflacionário favorável e elevada ociosidade na economia. O RTI pode mudar as apostas para o Copom de julho, que se concentram em corte de 75 bps, em linha com a indicação da ata da última reunião, que previu "redução moderada" no ritmo de flexibilização.

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