Hoje na Economia – 22/06/2023

Hoje na Economia – 22/06/2023

Economia Internacional

Nos EUA, o discurso de Powell, ontem, na Câmara, não trouxe informações adicionais relevantes, na medida em que seguiu descrevendo o movimento atual de política monetária como uma desaceleração perto do pico da taxa, não como uma pausa definitiva.

No Reino Unido, o Banco Central inglês (BoE) elevou sua taxa básica de juros em 50 pb (de 4,5% para 5,0%), surpreendendo a expectativa do mercado, cuja mediana indicava uma alta de 25 pb. No comunicado, o comitê manteve o tom hawkish e reafirmou o compromisso com a convergência da inflação à meta de 2%, mantendo a sinalização de que deve dar sequência ao ciclo de aperto monetário caso as pressões inflacionárias sigam se mostrando mais persistentes e mais intensas do que o esperado.

Hoje a agenda global de dados será movimentada, contando com a divulgação de uma rodada de dados de atividade nos EUA. O índice de atividade nacional do Fed de Chicago referente a maio veio ligeiramente mais fraco do que o esperado pelo mercado (-0,15 vs. -0,10), enquanto os pedidos semanais de seguro-desemprego mantiveram-se estáveis, mas acima do esperado (264 mil vs. 259 mil). Ainda serão divulgadas as vendas de casas existentes e o indicador antecedente referentes a maio, além da sondagem industrial do Fed de Kansas City de junho. Powell discursa novamente no Congresso hoje, e Mester, do Fed de Cleveland, também fala.

Economia Nacional

No âmbito local, o COPOM manteve a meta para a taxa Selic em 13,75% a.a., conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. No comunicado, o comitê trouxe uma revisão baixista da projeção para a inflação de 2024, de 3,6% para 3,4% e reconheceu a relativa melhora da inflação corrente e do recuo das expectativas, mas que seguem acima do patamar compatível com o cumprimento do regime de metas. Em termos de sinalização, o comitê manteve o tom de cautela e serenidade na condução da política monetária, em linha com nosso cenário base e à luz de um diagnóstico de desinflação mais lenta do que o esperado e expectativas desancoradas, adotando postura de dependência da evolução do cenário e dos dados quanto aos próximos passos, em que se destacam as expectativas de inflação e inflação de serviços subjacentes. Seguimos avaliando que o tom cauteloso do Banco Central corrobora um início do ciclo de afrouxamento monetário apenas em setembro.

No front político, o texto do arcabouço fiscal foi aprovado com alterações no Senado ontem, conforme esperado, com 57 votos favoráveis. As mudanças incluem a exclusão do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), do FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal) e de investimentos em ciência, tecnologia e inovação do limite de gastos imposto pela nova regra. O projeto deve voltar à Câmara para votação das alterações.

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