Hoje na Economia 22/07/2015

Hoje na Economia 22/07/2015

Edição 1320

22/07/2015

Mercados operam em módulo de aversão ao risco. Bolsas de ações e ativos de emergentes recuam em meio a resultados desapontadores de empresas de tecnologia (destaque para Apple e IBM) além da queda das commodities, derrubando papeis das mineradoras.

Na Ásia, mercados fecharam majoritariamente em queda. O índice MSCI Asia Pacific contabilizou perda de 1% no pregão de hoje. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei perdeu 1,19%, refletindo os resultados decepcionantes da IBM e Apple, ao mesmo tempo em que o iene se fortalecia frente às principais moedas, à medida que a queda nos preços das commodities e ações estimulava a busca de porto seguro. O iene se valoriza 0,14% ante o dólar, sendo cotado a 123,71 ienes, no momento. Na China, a bolsa de Xangai subiu 0,21%, enquanto, em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,99%.

Na Europa, os mercados de ações também operam em queda, acompanhando a tendência ditada pelos baixos resultados apresentados pelas empresas de tecnologia e financeira. O índice STOXX600 registra queda de 0,35%, nesta manhã. Londres perde 1,11%, refletindo a queda dos papeis de mineradoras. Na França, o CAC40 recua 0,27%, enquanto em Frankfurt o DAX perde 0,38%. O euro troca de mãos a US$ 1,0921, recuando 0,12%.

Sem dados relevantes que possam reforçar a percepção de solidez do crescimento da economia americana, fornecendo argumentos adicionais para uma postura mais "hawkish" do Fed na reunião de política monetária na semana queda vem, o dólar perde valor frente às principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua. O futuro do índice de ações S&P 500 opera com perda de 0,39%, nesta manhã.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 50,30/barril com queda de 1,10%, por conta do aumento dos estoques americanos na semana. Demais commodities mostram fortes quedas: índice total -0,52%; metais básicos -0,76%; agrícolas -0,27%; metais preciosos -0,79%.

Os prognósticos não são favoráveis à Bovespa no dia de hoje. As fortes quedas nas commodities e recuo das principais bolsas de ações internacionais devem dar um direcional de baixa para o mercado acionário doméstico. As notícias de que o governo deve reduzir a meta do superávit fiscal deste ano para algo em torno de 0,15% do PIB devem mexer com os mercados de câmbio e juros. Se confirmada, pode frustrar as apostas no encerramento do ciclo de alta da Selic, com uma elevação última de 25 bps, na reunião do Copom da semana que vem. Afrouxar o esforço fiscal e monetário ao mesmo tempo não parece ser compatível com a busca da ancoragem das expectativas inflacionárias. Na agenda, a divulgação do IPCA-15 de julho que deve mostrar variação de 0,61%, segundo a mediana das projeções do mercado.

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