Hoje na Economia – 22/07/2019

Hoje na Economia – 22/07/2019

Edição 2300

22/07/2019

Mercados operam sem direcional claro, nesta segunda-feira, com investidores à espera das reuniões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, e do Fed, na próxima semana, que poderão iniciar nova rodada de estímulos, visando reverter à desaceleração da economia global.

Na Ásia, mercados encerraram o pregão de hoje em baixa. Na China, o índice Xangai Composto apurou queda de 1,27%. Na bolsa de Seul, o índice Kospi cedeu 0,05%, enquanto o Hang Seng fechou com perda de 1,37% em Hong Kong. No Japão, as eleições legislativas deste final de semana resultaram em fortalecimento da coalizão governista do primeiro-ministro Shinzo Abe, o que deve reforçar o seu poder político até o final de seu mandato em 2021. Isso significa que o governo continuará implementando o chamado “Abenomics”, cuja primeira ação será a elevação de impostos sobre o consumo a partir de outubro. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou em baixa de 0,23%. O dólar é negociado a 107,89 ienes, subindo em relação ao valor de 107,77 ienes do final de sexta-feira.

Na Europa, o foco concentra-se na reunião de política monetária do BCE, que ocorre nesta quinta-feira. Além de ponderarem o anúncio de novas medidas de estímulo, os investidores avaliam notícias divulgadas neste final de semana, em que Mario Draghi, presidente do BCE, externou a intenção de retomar as compras líquidas de ativos antes do final de seu mandato em outubro próximo. Neste momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com discreta queda (-0,02%). Em Londres, o FTSE100 avança 0,30%; o CAC40 flutua em torno da estabilidade em Paris, enquanto o DAX tem alta marginal de 0,10% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1221, mesma cotação observada no final de sexta-feira.

No mercado americano, em dia de agenda esvaziada, os investidores especulam em torno da política do Fed, à medida que vai se consolidando as apostas de uma redução de 25 pontos-base na taxa básica de juros na próxima semana. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,68% nesta manhã, situando-se em 2,0412% ao ano. O dólar se fortaleceu diante das principais moedas, com o índice DXY voltando a patamar acima de 97,0 pontos. No momento, o índice sobe 0,10%, situando-se em 97,20 pontos. No mercado de ações, além das especulações em torno da ação do Fed, há grande expectativa em relação aos balanços corporativos que serão divulgados (Amazon, Aphabet (Google), Facebook, Visa, Santander e Deutsche Bank). No momento, os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York operam em alta: Dow Jones +0,21%; S&P 500 +0,25%; Nasdaq +0,37%.

A elevação das tensões geopolíticas no Oriente Médio sustenta alta nas cotações de petróleo, nesta segunda-feira. Além da indefinição em torno da apreensão de um petroleiro britânico pelo Irã no estreito de Ormuz, os preços do petróleo recebem apoio de notícias sobre o fechamento de um grande campo petrolífero na Líbia. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em setembro é negociado a US$ 56,51/barril, com alta de 1,71%.

Na ausência de uma agenda econômica relevante e com o ambiente político morno devido ao recesso parlamentar, o mercado doméstico deve acompanhar a evolução dos ativos no exterior, onde as expectativas em torno das reuniões de política monetária do Fed e do BCE, ao lado dos balanços corporativos divulgados, devem dar o tom dos negócios no dia de hoje.

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