Hoje na Economia – 22/07/2021

Hoje na Economia – 22/07/2021

Os mercados operam em alta hoje, dando sequência ao movimento de recuperação das fortes perdas ocorridas no início desta semana. Os temores com a variante delta do coronavírus ainda estão no radar, mas ficam em segundo plano. As preocupações com a pandemia estão sendo, parcialmente, compensadas pela temporada de balanços corporativos, que tem trazido resultados positivos. Segundo a Bloomberg, 86% dos resultados reportados até agora de empresas listadas no S&P 500 bateram as projeções dos analistas.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam majoritariamente no azul, nesta quinta-feira. A aversão ao risco que predominou na segunda-feira cedeu lugar a um otimismo moderado, temperado pelos bons resultados empresariais que vêm sendo divulgados, levando as bolsas da região a acompanhar a recuperação dos mercados ocidentais. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou a sessão de hoje com ganho de 0,80%, puxado por ações de setores de energia e de tecnologia. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,34%, enquanto o Hang Seng avançou 1,83% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve ganho de 1,07% em Seul, após cinco pregões em queda, graças as ações de tecnologia, finanças, aço e varejo. No Japão, os mercados permaneceram fechados devido ao feriado local.

Na Europa, as bolsas exibem altas expressivas nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra ganho de 0,65%, no momento. Em Londres, em que pese à decepção causada pelo balanço da Unilever, o FTSE100, que chegou a operar no negativo, exibe, agora, alta de 0,11%. Paris e Frankfurt operam em alta: o CAC40 e o DAX sobem 0,55% e 0,80%, respectivamente. Hoje ocorre a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), a primeira após ter flexibilizado seus objetivos quanto à inflação, o que sugere a manutenção da postura expansionista da instituição. A moeda comum é cotada a US$ 1,1796, com modesta valorização de 0,02%, enquanto aguarda pela decisão de política monetária.

No mercado americano, o juro da Treasury de 10 anos sobe para 1,295% ao ano, refletindo a melhora no sentimento global. O índice DXY do dólar, que acompanha a variação da moeda americana diante de uma cesta de seis moedas fortes, opera perto da estabilidade, com investidores aguardando pela decisão de juros do BCE. De olho nos balanços corporativos, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta. Antes da abertura do mercado, saem os resultados de AT&T e American Airlines. Após o fechamento, Twiter e Inter divulgam os seus balanços. Investidores estarão também acompanhando os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,21%; S&P 500 valoriza 0,17%; Nasdaq tem alta de 0,18%.

No mercado de commodity, o petróleo flutua entre altos e baixos, enquanto os investidores avaliam a demanda potencial pelo produto diante dos riscos representados pela disseminação da variante delta do coronavírus em várias regiões do mundo. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para setembro, sobe 0,95%, sendo negociado a US$ 70,97/barril.

No Brasil, os mercados devem repercutir a reforma ministerial que deve colocar o senador Ciro Nogueira (PP) na Casa Civil e deslocar o deputado Onix Lorenzini (DEM) para o novo ministério do Trabalho, desmembrando parte do ministério da Economia. Os movimentos devem aumentar a governabilidade da Presidência, neste momento em que se vê acuado pela CPI da covid e queda na popularidade. As mudanças devem trazer um ganho político palpável para o governo, melhorando a articulação política. Investidores devem sopesar os riscos entre chances de avanços das reformas e recaídas para um populismo eleitoral.

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