Hoje na Economia 22/08/2013

Edição 856

22/08/2013

Colocando de lado a frustração com a ata do Fed, que deixou em aberto o momento em que iniciará o “tapering”, mercados operam em alta, nesta manhã, estimulados pelos bons dados sobre atividade econômica divulgados na Europa e na China, reforçando o cenário de recuperação da economia global.

Na Europa, o PMI-composto de agosto, divulgado pela Markit, ficou em 51,7 (50,5 julho), batendo as projeções do mercado (50,9). Na China, o PMI-manufatura (Markit/HSBC) ficou em 50,1, voltando ao campo de expansão da atividade, após quatro meses de contração.

Os mercados europeus de ações mostram expressivas valorizações nesta manhã. O índice pan-europeu STOXX600 registra ganho de 0,90% no momento. Demais mercados registram mesma tendência: Londres +0,83%; Paris +1,03% e Frankfurt +1,09%. O euro recuou para US$ 1,3307 de US$ 1,3355 observado ontem à tarde.

Os futuros das principais bolsas norte-americanas também sinalizam para um dia de ganhos. Os futuros do S&P e D&J registram valorizações de 0,42% e 0,29%, respectivamente, no momento. O dólar registra alta frente às principais moedas (dólar index: +0,55%), enquanto a remuneração paga pela Treasury de 10 anos subiu para 2,918% ao ano.

Na Ásia, os mercados da região fecharam em direções divergentes, refletindo a frustração com a ata do Fed, que manteve as incertezas que cercam os próximos passos da política monetária americana. Por outro lado, os dados preliminares do PMI-manufatura de agosto, divulgado na China, mostraram recuperação do setor manufatureiro chinês, ajudando alguns mercados asiáticos a fechar no território positivo. Na China, a bolsa de Xangai apurou queda de 0,28%, enquanto em Hong Kong, mercado local fechou com alta de 0,36%. No Japão, o índice Nikkei perdeu 0,44% no pregão de hoje. O dólar voltou a ser negociado acima de 98 ienes, sendo cotado, neste momento, a 98,73 ienes. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 0,7%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 104,35/barril, com alta de 0,51%, nesta manhã, impulsionado pela perspectiva de que a recuperação da economia mundial vem ganhando força. As demais commodities também registram valorizações, com o índice total apurando alta de 0,18%, com destaque para metais que sobem 1,42%, no momento.

Os dados divulgados na China, apontando para a recuperação substancial do setor industrial chinês em agosto, devem estimular a Bovespa, que deverá sustentar os 50 mil pontos. No mercado de câmbio, novas intervenções do BC já estão programadas para hoje, visando conter a alta da moeda americana frente ao real. O Conselho Monetário Nacional (CMN) poderá anunciar medidas para conter a depreciação da moeda nacional. As medidas e seus efeitos sobre a taxa de câmbio também deverão ter repercussões significativas sobre o mercado de juros futuros.

Superintendência de Economia
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