Hoje na Economia 22/09/2016

Hoje na Economia 22/09/2016

Edição 1608

22/09/2016

Mercados de ações registram ganhos expressivos nesta manhã, enquanto o dólar e os juros de títulos soberanos recuam. Petróleo e demais commodities sobem. Investidores operam com base na expectativa de que a política monetária americana permanecerá acomodativa por longo tempo, após o Fed ter mantido estável o juro básico na reunião do Fomc de ontem.

As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada. O índice MSCI Asia encerrou esta quinta-feira com valorização de 1,2%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,54%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng registrou valorização de 0,38%. No Japão, por conta de feriado os mercados permaneceram fechados. Ainda assim, o banco central japonês (BoJ) se reuniu para discutir medidas, a serem adotadas nos próximos dias, que atenuem a elevada volatilidade da moeda japonesa. No momento, o dólar é cotado a 100,66 ienes, com a moeda japonesa perdendo 0,64% ante a divisa americana.

Na Europa, mercados de ações também iniciaram o dia com altas expressivas, computando a queda do dólar e a valorização do petróleo. O índice de ações STOXX600 registra valorização de 1,26%, no momento. Demais mercados da região acompanham a tendências: Londres +1,14%; Paris +1,73%; Frankfurt +1,76%. O euro troca de mãos a US$ 1,1232 (+0,38%), contra US$ 1,1185 no fim da tarde de ontem.

O juro pago pela Treasury de 10 anos registra queda de 0,31%, nesta manhã. O índice DXY, que segue o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, encontra-se em 95,244 pontos, com queda de 0,43%. O futuro do índice de ações S&P 500 registra alta de 0,26% no momento, após alta de 1,1% registrada no último pregão.

A fraqueza do dólar e indicações sobre nova redução nos estoques de petróleo dos EUA sustentam a alta das commodities no dia de hoje. O índice Geral de Commodity da Bloomberg apura valorização de 0,85%, nesta manhã. O contrato futuro do produto WTI para entrega em outubro é negociado a US$ 45,78/barril, com alta de 0,97%.

O saldo da semana, após as reuniões do Fed e BoJ, foi favorável às moedas dos países emergentes, ao garantir uma ambiente de elevada liquidez, favorecendo as commodities em geral. Diante do enfraquecimento global da moeda americana, o real deve se manter em torno de R$ 3,20/US$. Essa tendência de apreciação pode ser favorecida pelo fluxo de capitais externos atraídos pelas chances de aprovação das medidas fiscais ainda neste ano. Real mais forte e um IPCA-15 de setembro (consenso 0,33%) mostrando a intensificação do processo de desinflação reforçam apostas em corte da Selic em outubro.

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