Hoje na Economia 22/10/2015

Hoje na Economia 22/10/2015

Edição 1382

22/10/2015

Mercados operam sem um direcional claro na abertura dos negócios, enquanto os investidores aguardam a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, onde se espera por medidas adicionais de estímulo, em meio aos sinais de enfraquecimento da economia global.

O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera estável, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 recua 0,21%; em Paris o CAC40 perde 0,10%, mas em Frankfurt o DAX registra alta de 0,18%. O euro perde frente ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1310, com queda de 0,25%. Os analistas não esperam por alterações nas taxas básicas de juros da região do euro, mas esperam que o presidente do BCE, Mario Draghi, anuncie aumento do QE europeu, que, atualmente, é responsável pela injeção de €60 bilhões/mês.

Na Ásia, as bolsas, em sua maioria, fecharam em baixa. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 0,30%. Na contra mão das demais bolsas da região, o índice Composto de Xangai fechou a sessão em alta, recuperando-se das perdas do dia anterior. O índice registrou valorização de 1,45%, fechando próxima à máxima do dia, após ter caído 1,1% ao longo do pregão. O índice Hang Seng, por sua vez, caiu 0,63%, na volta do feriado de ontem. No Japão, o índice Nikkei perdeu 0,64%, apesar da divulgação de alguns balanços positivos. O sentimento dos investidores continua a ser pressionado pelos sinais de desaceleração econômica da China. No mercado de câmbio, a moeda americana é negociada a 119,76 ienes, com ligeira valorização da moeda japonesa (+0,14%).

Nos Estados Unidos, os futuros dos índices S&P e D&J registram valorizações de 0,27% e 0,21%, respectivamente, no momento. O dólar mostra-se relativamente estável diante das principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos registra 2,033%. Na agenda, destaque para a divulgação dos novos pedidos de seguro desemprego, que devem ter somado 265 mil na semana passada, 10 mil a mais do que na semana anterior, segundo as projeções do mercado.

No mercado de commodities, o índice Bloomberg sobe 0,48% nesta manhã, recuperando parte das perdas de ontem, graças ao bom desempenho de energia e metais. O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 45,57/barril, com alta de 0,82%.

O mercado doméstico deve repercutir o resultado da reunião do Copom de ontem, quando manteve a Selic em 14,25%. No comunicado, alterou o prazo da convergência da inflação para a meta: de 2016 para "o horizonte relevante da política monetária". A percepção é de que a política monetária atingiu o seu limite diante da forte e extensa recessão que envolve a economia brasileira. A reação do mercado pode se traduzir em alta dos vértices longos dos contratos futuros do DI, principalmente diante das notícias de novas mudanças nas metas fiscais, com o governo "jogando a toalha" e assumindo um déficit fiscal primário para este ano.

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