Hoje na Economia 22/10/2015

Hoje na Economia 22/10/2015

Edição 1383

23/10/2015

Em um dia sem muitas novidades na agenda econômica mundial, mas motivados pela percepção de que a liquidez internacional permanecerá elevada, dando sustentação ao crescimento mundial, os investidores elevam seu apetite por ativos de maior risco, favorecendo ganhos para os mercados de ações, commodities e petróleo, enquanto o dólar e o iene perdem força.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera em alta de 0,97%, no momento, estimulado pela perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) deverá aumentar os estímulos monetários a partir de dezembro, dando maior suporte ao crescimento da região. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,67%; em Paris o CAC40 registra ganho de 1,23% e em Frankfurt o DAX avança 1,31%, nesta manhã. O euro é negociado a US$ 1,1134, ganhando 0,24% diante da moeda americana. Foi divulgado o índice dos gerentes de compras (PMI) composto, que ficou em 54,0 na leitura preliminar de outubro, frente a 53,6 de setembro. O desempenho de outubro sugere que a recuperação da zona do euro ainda não foi afetada pela desaceleração da China e de outros emergentes.

Nos Estados Unidos, os índices futuros de ações operam em alta, estimulados por resultados corporativos do setor de tecnologia, melhores do que o esperado pelos analistas. Os futuros do S&P e D&J registram variações de 0,10% e 0,11%, respectivamente. O dólar opera em baixa frente às principais moedas (dólar índex: -0,19%), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,039% ao ano.

Na Ásia, mercados acompanharam o rally das bolsas internacionais, que se seguiu à sinalização do BCE sobre incrementar os estímulos monetários ainda este ano, reforçando as expectativas por um cenário de manutenção de políticas acomodatícias ao redor do mundo. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com valorização de 1,8%. Em Tókio, o índice Nikkei fechou com alta de 2,11%, acumulando ganhos de 2,9% na semana. O dólar é negociado a 120,36 ienes, contra 119,37 ienes observados no dia de ontem. Na China, as bolsas subiram em meio a especulações de que o governo adotará medidas para impulsionar a economia, antes da reunião de cúpula do Partido Comunista, na semana que vem. O índice Xangai Composto apurou alta de 1,30%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 1,34%.

No mercado de commodities, o índice Bloomberg Commodity subiu 0,40%, reduzindo as perdas da semana para 1,5%. O preço do barril de petróleo tipo WTI flutua em torno de US$ 45,46, nesta manhã, com ganho de 0,18%.

No Brasil, o otimismo com ativos de risco que vigora nos mercados externos no dia de hoje pode ser ofuscado pela notícia de que o rombo fiscal pode atingir R$ 70 bilhões, ficando bem longe do superávit fiscal de R$ 17,7 bilhões prometidos pelo governo para este ano. Esse fato, que foi confirmado ontem à noite, deve azedar o humor dos investidores em relação aos ativos brasileiros, podendo penalizar a Bovespa, alem de manter dólar e juros pressionados.

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