Hoje na Economia – 22/11/2019

Hoje na Economia – 22/11/2019

Investidores buscam recuperar de perdas recentes, nesta sexta-feira, em meio às incertezas sobre o rumo das negociações comerciais entre EUA e China, à medida que ganhou força a avaliação de que as duas maiores economias do mundo talvez não consigam fechar um acordo comercial preliminar antes do fim do ano.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam em alta moderada, dada as dúvidas que cercam os próximos passos das negociações comerciais entre EUA e China. O índice MSCI Asia Pacific apurou valorização moderada de 0,2%, no pregão de hoje. Na China, espera-se que as medidas de redução dos juros para empréstimos, anunciadas pelo banco central chinês nesta semana, ajudem a estabilizar a economia diante das incertezas reinantes. O índice Xangai Composto fechou o dia com queda de 0,63%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,32% na bolsa de Tóquio, enquanto o dólar recuava a 108,54 ienes de 108,61 ienes do final da tarde de ontem. O índice Hang Seng subiu 0,48% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,26%. O Taiex se manteve estável na bolsa de Taiwan.

Na Europa, as bolsas operam em alta, nesta manhã, num movimento de trégua após uma série de baixas vistas nos últimos dias nos mercados da região. Fatores como as incertezas políticas que cercam as eleições no Reino Unido, com o fortalecimento do partido trabalhista, e dados inconclusivos sobre a atividade econômica na zona do euro, divulgados hoje, impedem a consolidação da tendência de alta nos mercados de ações europeus. Segundo dados preliminares divulgados hoje pela IHS Markit, o índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro caiu de 50,6 em outubro para 50,3 em novembro, frustrando as projeções dos analistas que previam o índice indo para 50,8. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 sobe 0,42%. Em Londres, o FTSE100 avança 1,03%; o CAC40 tem ganho de 0,27% em Paris; o DAX sobe 0,22% em Frankfurt. Com os indicadores de atividade reforçando o quadro de estagnação econômica, o euro recua ante ao dólar atingindo US$ 1,1059 no momento, contra US$ 1,1072 antes da divulgação dos dados.

Os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura positiva para o pregão de hoje, seguindo os passos das bolsas asiáticas e europeias. Nesta manhã, o futuro do Dow Jones sobe 0,16%; S&P 500 tem alta de 0,17%; Nasdaq sobe 0,27%. Os preços das Treasuries sobem – acompanhando os bonds europeus – levando o yield do T-bond de 10 anos a um recuo de 1,26%, colocando-o em 1,75% ao ano. O dólar mostra fracas oscilações diante das principais moedas, segundo o índice DXY que tem alta discreta de 0,03%, no momento. Na agenda, às 11h45 de Brasília, a IHS Markit divulga o PMI preliminar manufatura de novembro, que deve ficar em 51,4, segundo estimativas do mercado (51,3 de outubro). A Universidade de Michigan divulga o índice de sentimento do consumidor, que deve fechar novembro em 95,5, igual valor observado em outubro.

No mercado de petróleo, movimentos de realização de lucros levam o contrato futuro do produto tipo WTI, para janeiro, recuar 0,29% nesta manhã, com a cotação situando-se em 58,41/barril.

Na agenda econômica doméstica, o destaque será a divulgação do IPCA-15 de novembro. A prévia da inflação oficial deve subir 0,16% na comparação mensal e 2,69% em relação a igual mês de 2018, segundo estimativas do mercado. O índice deve captar as maiores pressões dos alimentos, com destaque para carnes bovinas, e a alta da tarifa de energia elétrica, devido à mudança da bandeira amarela para vermelha.

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