Hoje na Economia – 22/11/2021

Hoje na Economia – 22/11/2021

A abertura das principais bolsas internacionais sugere um dia positivo à medida que tantos os futuros americanos como da Europa operam em alta. Prevalece, também, certa cautela, alimentada por temores do avanço da covid-19 na Europa, exigindo medidas de isolamento social, somado a possibilidade de a ameaça inflacionária antecipar o aperto monetário no mundo.

Na Ásia, as bolsas fecharam, em sua maioria, em alta, ainda que os investidores acompanhem o ressurgimento das infecções por covid-19 na Europa. O índice de ações MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta de 0,20%. Entre os que fecharam no azul, destaque para a bolsa de Tóquio, onde o índice Nikkei apurou ganho modesto de 0,09%, com destaque para as ações do setor marítimo, diante da expectativa positiva de demanda forte no setor de logística. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,61%, com destaque para as montadoras. O banco central da China (PBoC) manteve inalteradas suas taxas de juros de referência pelo 19º mês consecutivo. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve valorização de 1,42% em Seul. Fechou no vermelho, o índice Hang Seng que caiu 0,39% em Hong Kong, com destaque para a queda de 0,50% nos papéis do banco HSBC. Em Taiwan, o índice Taiex contabilizou perda de 0,08%, no dia de hoje.

Na Europa, as bolsas operam em alta em sua maioria. O índice STOXX600 registra avanço de 0,26%, no momento. O ressurgimento dos casos de covid-19 continua no centro das preocupações dos investidores. Alguns governos, como a Áustria, vem adotando medidas rígidas para controlar a circulação de pessoas, enquanto na Alemanha, o governo ameaça adotar restrições severas. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,36%; o CAC40 avança 0,29% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,10%.

No mercado americano, os juros dos treasuries mostram fracas oscilações. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,55% ao ano. Essa semana mais curta, por causa do feriado de Ação de Graças na quinta-feira, os investidores vão monitorar a divulgação da inflação medida pelo PCE e a ata da mais recente reunião de política monetária do Fed. O índice DXY do dólar mantém os ganhos da semana passada, valorizando 0,10%, no momento, situando-se em 96,13 pontos. O euro permanece pressionado pelo avanço da covid-19, sendo negociado a US$ 1,1283/€, depreciando 0,05%, no momento; a libra é cotada a US$ 1,3441/£ desvalorizando 0,13%; a moeda japonesa desvaloriza 0,14%, negociada a 114,15 ¥/US$. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, sugerindo uma abertura positiva para o mercado à vista nesta segunda-feira. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,29%; S&P 500 avança 0,32%; Nasdaq valoriza 0,41%.

Os contratos futuros de petróleo registram altas moderadas, nesta manhã, com investidores avaliando as possibilidades de países utilizarem de suas reservas estratégicas para tirar o fôlego do rali recente dos preços, bem como um dólar mais forte limitando as altas da commodity em meio ao avanço da covid-19 na Europa, impondo riscos à demanda. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 76,24/ barril, com alta de 0,40%, no momento.

No âmbito doméstico, as questões internas, de natureza política, continuarão como principal direcionador no curto prazo, com as negociações em torno da PEC dos precatórios dando o tom dos negócios. O Ibovespa deve ficar de olho nas bolsas americanas para tentar uma reação, mas deve permanecer volátil, com os aspectos baixistas ainda predominando. O câmbio deve se manter pressionado, seja pela alta global do dólar seja pelo ambiente interno turbulento. O formato atual da curva de juros futuros (com a parte média e longa praticamente flat) deve permanecer sem grandes alterações a curto prazo.

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