Hoje na Economia 22/12/2017

Hoje na Economia 22/12/2017

Edição 1918

22/12/2017

Mercados financeiros alternam entre ganhos e perdas, com notícias boas vindas da política nos EUA e ruins vindas da Europa. Nos EUA, o Congresso americano conseguiu passar uma lei que garante o financiamento para o próximo ano (evitando o shutdown), permitindo ao presidente Trump assinar a reforma tributária passada há alguns dias pelo Congresso ainda esse ano (caso contrário ela só poderia ser assinada no começo de janeiro). Na Espanha, separatistas ganharam as eleições na Catalunha, piorando um pouco o humor nos mercados europeus.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, afetadas pelas notícias nos EUA, com o índice pan-asiático MSCI Ásia Pacífico subindo 0,4%. O índice Nikkei225 do Japão subiu 0,16%, estando no nível mais alto desde o começo dos anos 90. A bolsa de Xangai, por sua vez, recuou levemente, -0,06%. O iene se deprecia contra o dólar, -0,03%, cotado a ¥/US$ 113,36.

Na Europa, as bolsas operam sem direção única, com o índice pan-europeu STOXX600 estável. Há alta de 0,06% no índice FTSE100 de Londres, mas quedas de -0,14% no CAC40 de Paris e -0,16% no DAX de Frankfurt. Essas quedas vêm a despeito de bons dados sobre atividade na França e na Holanda (PIB em linha ou acima do esperado no 3º trimestre), devido à preocupações com a política na Espanha. O euro está se depreciando contra o dólar, -0,22%, cotado a US$/€ 1,1848.

Os índices futuros das bolsas americanas, por outro lado, seguem em alta hoje. O futuro do S&P500 sobe +0,06%. O dólar está ganhando um pouco de valor contra outras moedas, com o DXY subindo 0,09%. Os juros futuros estão em alta no caso dos mais curtos (Treasury de 2 anos a 1,878% a.a.) e em queda no caso dos mais longos (Treasury de 10 anos a 2,481% a.a.). Dados importantes devem ser divulgados hoje, podendo ter impacto nos mercados financeiros. Na divulgação dos dados de renda e consumo pessoal bastante atenção deve ser dada ao deflator do consumo, a medida de inflação favorita do FED, para o qual é esperado aceleração tanto no índice cheio (de 1,6% A/A para 1,8% A/A) quanto no núcleo (de 1,4% A/A para 1,5% A/A). As encomendas de bens duráveis também podem ter impacto no mercado, sendo que é esperado que elas sigam crescendo em novembro, mas a um ritmo menor que em outubro.

Os preços de commodities estão em queda hoje, com o índice geral da Bloomberg recuando -0,16%. O preço do barril de petróleo tipo WTI cai -0,51%, após ter subido ontem com dados menores de estoques nos EUA, cotado a US$ 58,06.

No Brasil, a bolsa subiu bastante ontem com a notícia de que a Embraer pode ser comprada pela Boeing. A confiança do consumidor FGV de dezembro recuou levemente em relação ao mês anterior, de 86,8 para 86,4. Hoje sai a nota à imprensa do BC sobre crédito, sendo que é esperado que os empréstimos bancários sigam com sua recuperação moderada, em especial no crédito à pessoa física, com queda ainda no crédito à pessoa jurídica. Ontem a TJLP (taxa de juros de longo prazo, cobrada sobre empréstimos do BNDES) foi reduzida de 7,00% para 6,75%, um indicativo de que a Selic deve ser reduzida também em fevereiro para esse patamar (nunca na história até agora a taxa Selic ficou abaixo da TJLP). A bolsa brasileira deve ter alta mais modesta hoje, após subir muito ontem com notícias sobre empresas. O real deve se valorizar levemente, acompanhando movimento de outras moedas de países emergentes, enquanto os juros futuros devem recuar com maiores apostas de corte de juros no começo do ano que vem.

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