Hoje na Economia 23/01/2014

Hoje na Economia 23/01/2014

Edição 956

23/01/2014

A moeda japonesa se fortaleceu pela primeira vez nesta semana, refletindo a busca por porto seguro, em meio à queda de ações na Ásia. Efeito da divulgação do dado preliminar do PMI/HSBC-manufatura da China, refrente a janeiro, que recuou para 49,6 (50,5 em dezembro), ficando a abaixo das estimativas do mercado (50,3). Esse dado reflete a fraqueza da demanda doméstica, confirmando as expectativas de desaceleração do crescimento chinês neste início de ano.

A maior parte das bolsas asiáticas fechou em queda, tendo o índice MSCI Asia Pacific encerrado o dia com perda de 1,2%. Na China, a bolsa de Xangai apurou perda de 0,47%, enquanto Hong Kong perdeu 1,51%. No Japão, o índice Nikkei registrou desvalorização de 0,79%, com investidores preocupados com os efeitos da desaceleração da economia chinesa, buscando também reduzir a exposição em papeis de exportadoras ante a valorização do iene. O dólar é cotado a 104,32 ienes nesta manhã, contra 104,65 de ontem à tarde.

Na Europa, os mercados de ações mostram discretas oscilações. O índice preliminar PMIComposto de janeiro para a região do euro ficou em 53,2, batendo o consenso do mercado (52,5). O euro ganhou força após a divulgação desse dado, sendo negociado a US$ 1,3630 no momento, subindo diante de US$ 1,3543 do final da tarde de ontem. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em queda de 0,10% no momento, enquanto Londres recua 0,14%. Paris +0,05% e Frankfurt -0,20%.

Os índices futuros das principais bolsas americanas operam no vermelho nesta manhã, com S&P apresentando queda de 0,28% e o D&J perdendo 0,33%. O dólar continua sendo negociado com base na expectativa de que o Fed irá acelerar a redução da compra de ativos na reunião do Fomc na próxima semana, sendo que essa tendência ganha força, no dia de hoje, pela busca de ativos seguros dado às dúvidas que cercam a economia chinesa. A maior procura pelos T-Bonds americanos exerceu pressão baixista sobre os yields desses papeis. O T-Bond de 10 anos remunera a 2,83% ao ano, no momento.

Reverteu-se a alta observada, nesta semana, na cotação do petróleo tipo WTI em meio à especulação de que a demanda pelo produto pela China deverá se reduzir em linha com o enfraquecimento da economia. No momento, o barril WTI é cotado a US$ 96,70, com queda de 0,10%. Demais commodities também operam em queda, com destaque para metais que perdem 0,54%.

No mercado doméstico, o foco estará no mercado de juros. Serão divulgados, nesta manhã, a ata da reunião do Copom da semana passada e o IPCA-15 de janeiro (consenso: 0,79%), que servirão como base para o ajuste das apostas em relação aos próximos passos da política monetária. No mercado de câmbio, deve se observar por fracas oscilações, com ligeira tendência a valorização do dólar ante a moeda brasileira. A Bovespa, como os demais mercados emergentes, deve acusar os fracos dados econômicos divulgados na China, podendo devolver parte dos ganhos auferidos ontem.

Topo