Hoje na Economia 23/01/2017

Hoje na Economia 23/01/2017

Edição 1691

23/01/2017

Mercados abrem com dólar fraco e ouro em alta, após as sinalizações protecionistas dadas por Donald Trump. Invés de avançar nos planos de estímulos fiscais, que podem impulsionar a economia americana, o presidente preferiu focar em possíveis medidas protecionistas, como a renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).

No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em baixa nesta segunda-feira, interrompendo uma sequencia de três pregões de ganhos, após comentários do novo presidente dos EUA gerarem temores de que a Casa Branca assumirá um viés protecionista. O índice Nikkei fechou com queda de 1,29%. O dólar perdeu força para o iene, caindo a 113,65 ienes de 114,53 ienes de sexta-feira à tarde. Na China, o índice Xangai Composto apurou alta de 0,44%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng fechou com discreta alta.

Na Europa, mercados de ações operam com fortes quedas, enquanto o euro ganha força ante ao dólar. O índice pan-europeu de ações recua 0,63%, nesta manhã, recuando para o mais baixo patamar desde o final de dezembro. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,85%; em Paris, o CAC40 cai 0,83%; em Frankfurt, o DAX tem desvalorização de 0,88%. O euro é negociado a US$ 1,0732, contra US$ 1,0694 do final da tarde de sexta-feira.

Nos EUA, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,89%, neste momento, colocando ao yield em 2,445% ao ano. Esse movimento é seguido pela queda do dólar frente às moedas em geral, não só dos países avançados, como também das moedas das economias emergentes. No mercado de ações, o futuro do índice S&P 500 registra queda de 0,24%, no momento.

No mercado de petróleo, o contrato futuro para entrega em marços do produto tipo WTI é negociado a US$ 52,95/barril, com queda de 0,51%. O índice Geral de Commodity Bloomberg sobe 0,19%, com destaque para o ouro, que tem alta de 0,55%, no momento.

Diante de uma agenda interna fraca, os mercados brasileiros ficarão refém da evolução de seus congêneres externos. A Bovespa deve acompanhar o mau humor que predomina nas principais bolsas internacionais. O dólar, que perde força em termos globais, deve manter em queda frente ao real no dia de hoje. Esse movimento deve favorecer o fechamento dos vértices mais longos da curva de juros futuros.

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