Hoje na Economia 23/01/2018

Hoje na Economia 23/01/2018

Edição 1938

23/01/2018

Hoje promete ser mais um dia em que o otimismo toma conta dos investidores favorecendo os ativos de risco, levando as bolsas mundiais a novos recordes de alta. A retomada das atividades do governo americano e a manutenção da política monetária acomodatícia no Japão formam o pano de fundo que sustenta o apetite ao risco, em meio à divulgação de resultados corporativos em linha com a expectativa de firme expansão da economia mundial.

As bolsas asiáticas tiveram robustos ganhos nesta terça-feira, seguindo o tom positivo dos mercados acionários de Nova York, que ontem renovaram recordes de fechamento após o Senado chegar ao acordo que encerrou a paralisação do governo americano. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific teve valorização de 1%. Em Tóquio, o Banco do Japão (BoJ), em reunião encerrada nesta madrugada, decidiu manter sua política monetária inalterada e reforçou o compromisso de compra de bônus até que a inflação atinja o nível de 2%, o que espera deve acontecer em dois anos. A moeda japonesa, que começou o dia em alta, perdeu força após a decisão do BoJ, atingindo às mínimas frente ao dólar ao longo do pregão asiático. No momento, o dólar é negociado a 110,73 ienes, após atingir 111,19 ienes antes do final da reunião do BoJ. No mercado de ações, o índice Nikkei fechou com alta de 1,29%, fechando acima dos 24 mil pontos pela primeira vez desde 1991. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,29%, atingindo o maior nível desde dezembro de 2015. Em Hong Kong, o Hang Seng atingiu nova máxima ao subir 1,66%; o Taiex de Taiwan avançou 0,19%; o Kospi de Seul teve valorização de 1,38%.

Na Europa, bolsas locais acompanham o bom humor ditado pelos mercados asiáticos. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, tem valorização de 0,33%, nesta manhã. Principais bolsas da região seguem a tendência: Londres +0,18%; Paris +0,19%; Frankfurt +0,94%. O euro é negociado a US$ 1,2226, recuando frente à cotação de US$ 1,2258 do fim da tarde de ontem.

O acordo político que encerrou a paralisação do governo nos EUA favoreceu o dólar, que volta a subir frente às principais moedas. O índice DXY registra alta de 0,15%, no momento, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua a 2,621% ao ano de 2,656% de ontem à tarde. Os índices futuros das principais bolsas de ações sinalizam para mais um dia de alta para os mercados americanos. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,34%; do S&P 500 avança 0,15%; do Nasdaq ganha 0,26%.

Os mercados futuros de petróleo operam em alta, impulsionados por especulações de que a Opep e outros grandes produtores poderão estender os atuais cortes em sua produção para além do fim deste ano. No momento, o futuro do WTI é negociado a US$ 63,85/barril, com alta de 0,55%.

A Bovespa pode acompanhar o bom humor que vem das bolsas internacionais, mas mantendo certa cautela em quanto aguarda pelo julgamento do ex-presidente Lula em Porto Alegre, amanhã. No mercado de renda fixa, as atenções estarão na divulgação do IPCA-15 de janeiro, que deve mostrar alta de 0,43% no mês, e 3,05% nos últimos doze meses.

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