Hoje na Economia 23/02/2016

Hoje na Economia 23/02/2016

Edição 1460

23/02/2016

O aumento das preocupações com a vitalidade da economia chinesa alimenta a aversão ao risco, empurrando os mercados de ações para o vermelho na abertura dos negócios, derrubando os preços do petróleo e commodities.

Na China, o yuan voltou a se depreciar, após as autoridades monetárias reduzirem a taxa diária de juros de referência em intensidade não esperada pelo mercado, estimulando especulações em torno de nova rodada de desvalorização da moeda chinesa. Em Xangai, o índice Composto de Xangai fechou o dia com queda de 0,81%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou perda de 0,25%. A moeda japonesa voltou a se apreciar em resposta a busca por porto seguro, enquanto o índice Nikkei da bolsa de Tóquio encerrou o dia com queda de 0,37%. No momento, o dólar é negociado a 111,90 ienes, perdendo 0,91% diante da moeda japonesa. O índice de ações regional MSCI Asia Pacific terminou a sessão com queda de 0,10%.

Na Europa, onde também predominam preocupações quanto à possível saída da Inglaterra da União Europeia, a moeda inglesa se desvaloriza frente ás demais moedas, ao mesmo tempo em que o mercado acionário tem um início de dia negativo. O índice STOXX600 opera em queda de 0,39%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 recua 0,67%; em Paris o CAC40 perde 0,36%; em Frankfurt o DAX cai 0,83%, no momento. O euro troca de mãos a US$ 1,1009, com perda de 0,19% ante a moeda americana. Na Alemanha, foi divulgado o índice de clima de negócios pela IFO, que recuou de 107,3 em janeiro para 105,7 em fevereiro, o menor nível desde dezembro de 2014.

O índice futuros de ações S&P 500 opera com queda de 0,33%, nesta manhã, sinalizando para possível recuo do mercado de ações americano após as altas de ontem. No mercado de juros, o yield pago pelo Treasury de 10 anos encontra-se em 1,757% ao ano (+0,30%), enquanto o dólar não mostra tendência clara ante as principais moedas. Será divulgado ao longo do dia, o índice de confiança do consumidor de fevereiro, apurado pelo Conference Board, que deve ficar em 97,2, segundo as projeções do mercado, com leve recuo ante 98,1 de janeiro.

Após relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia, afirmando que o quadro de excesso de oferta deverá prevalecer por todo este ano, o preço do petróleo tipo WTI recuou 2,19%, nesta manhã, sendo cotado a US$ 32,66/barril, interrompendo o processo de recuperação de preços observado ontem. O índice geral de commodity da Bloomberg registra queda de 0,52%, no momento.

No Brasil, os mercados continuarão refletindo o ambiente político local, que ganhou nova dimensão após a fase da operação Lava Jato lançada ontem, ao mesmo tempo em que acompanham o comportamento dos principais mercados internacionais. Na agenda, será divulgado o IPCA-15 de fevereiro, que deverá registrar inflação de 1,32% no mês e 10,73% em doze meses. Dólar e juros continuarão evoluindo ao sabor do humor dos investidores, em resposta a novos desdobramentos no campo político doméstico.

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