Hoje na Economia 23/03/2015

Hoje na Economia 23/03/2015

Edição 1238

23/03/2015

Sem uma agenda marcante, mercados aproveitam esta manhã para uma reavaliação. Não mostram fôlego para maiores avanços a partir dos elevados patamares alcançados pelas bolsas, mas também não encontram motivos relevantes para uma forte correção.

Na Europa, o índice STOXX600, após operar em níveis recordes na sexta-feira, registra queda de 0,87% nesta manhã. Principais praças europeias também operam em baixa: Londres -0,40%; Paris -0,85% e Frankfurt -1,24%. O euro se fortalece frente à moeda americana, sendo negociado a US$ 1,0878 (+0,52%), contra US$ 1,0797 observado no início da sessão europeia.

No mercado americano, o índice futuro do S&P opera em queda no momento (-0,24%), enquanto o dólar mostra-se estável frente às principais moedas. O juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 1,922% ao ano, refletindo a percepção de que o início do aperto monetário deverá ocorrer em setembro, deixando o ambiente, por ora, favorável para ativos de maior risco em geral, como ações e commodities.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou em alta, mantendo uma trajetória de valorização de quase seis meses consecutivos. A bolsa de Tókio também fechou no azul, refletindo a busca por boas oportunidades oferecidas por setores como farmacêutico e automotivo. O índice Nikkei subiu 0,99%, apesar da fraqueza do dólar frente ao iene, com investidores colocando em segundo plano os negócios com moedas. A divisa americana é negociada a 119,85 ienes ante 120,13 ienes no fim da tarde de sexta-feira. Na China, o índice Composto de Xangai apurou ganho de 1,95%, com investidores animados com as novas medidas de estímulos ao mercado imobiliário e ao setor manufatureiro. O sentimento advém do ambicioso plano chinês de ligar o país à Europa por meio de obras de infraestrutura, cujos detalhes serão conhecidos em breve. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o dia com valorização de 0,49%.

No mercado de petróleo, o sentimento de que o ambiente de excesso de oferta deve perdurar por muito tempo leva o preço do barril do produto tipo WTI a recuar 1,85% neste momento, com o produto sendo negociado a US$ 45,68/barril. O índice total de commodities recua 0,16% nesta manhã, sendo que as únicas altas são de metais básicos (+0,38%) e agrícolas (+0,81%).

No mercado doméstico, os efeitos da volatilidade externa, por conta principalmente das incertezas quanto à política monetária americana, continuarão sendo amplificadas pelo contexto local turbulento, em meio aos problemas políticos e às consequentes incertezas acerca do ajuste fiscal. As atenções estarão voltadas para o Congresso, onde se iniciam os trabalhos das comissões que irão discutir as MPS 664 e 665, que tratam das questões trabalhistas e têm papel fundamental no ajuste. Na agenda da semana, destaque para o Relatório de Inflação (sai da quinta-feira), que deverá sinalizar os próximos passos da política monetária, podendo ajudar na eliminação de apostas em alta de 0,75 bps na Selic em abril. Merece atenção também, o PIB do 4º trimestre (sexta-feira) e a reunião do CMN (quinta-feira), que poderá elevar a TJLP.

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