Hoje na Economia 23/04/2015

Hoje na Economia 23/04/2015

Edição 1259

23/04/2015

Mercados abrem os negócios, nesta manhã, digerindo os fracos resultados sobre atividade divulgados na China e Europa. O índice dos gerentes de compras da indústria (PMI manufatura) chinesa, divulgado pela Markit/HSBC, cedeu de 49,6 para 49,2 pontos com o dado de abril, o mais baixo dos últimos doze meses, reforçando o cenário de enfraquecimento da segunda maior economia do mundo.

A bolsa de Xangai operou entre altos e baixos, fechando com ganho de 0,36%, em meio à expectativa de que o governo deve anunciar, em breve, novos estímulos à economia. Em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou queda de 0,38%. No Japão, o índice Nikkei sustentou o nível acima de 20 mil pontos alcançados ontem, apesar da realização de lucros. O índice fechou com valorização de 0,27%, graças a especulações de que o Banco do Japão (BoJ) tende aprofundar a sua política monetária expansionista. A força do dólar ante o iene e o avanço registrado ontem nas bolsas de Nova York também favoreceram as ações. O dólar é negociado a 120,01 ienes no momento, contra 119, 89 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, o índice de gerentes de compras (PMI) composto da região caiu a 53,5 na leitura preliminar de abril (54,0 em março), sendo interpretado como efeitos dos temores em relação ao aprofundamento da crise na Grécia, anulando parte dos estímulos provenientes das injeções de liquidez e de um euro mais desvalorizado. Nesta manhã, o índice de ações STOXX600 recua 0,58%, enquanto em Londres o FTSE100 sobe 0,09%; em Paris o CAC40 perde 0,80%; em Frankfurt o DAX30 recua 1,04%. O euro é negociado a US$ 1,0742, contra US$ 1,0725 na tarde de ontem.

Os sinais de enfraquecimento das economias chinesa e europeia afetam negativamente o índice futuro de ações S&P 500, que registra queda de 0,24%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,952% ao ano, enquanto o dólar permanece relativamente estável frente à cesta de moedas representado no índice DXY. Na agenda está prevista a divulgação das vendas de moradias novas, que devem ter recuado 4,5% em março, em relação ao mês anterior. No mercado de trabalho, serão conhecidos os novos pedidos de seguro desemprego da semana passada, que segundo o consenso devem ter somado 287 mil, contra 294 mil pedidos na semana anterior.

No mercado de petróleo, a indicação de que a atividade industrial chinesa se contrai afeta os preços do produto, sendo que o tipo WTI é cotado a US$ 55,96/barril, com queda de 0,39% nesta manhã. As commodities em geral também operam no vermelho (índice total: -0,27%), com destaque para os metais básicos que perdem 0,72%, no momento.

A Bovespa, além de refletir o recuo das principais commodities na esteira dos fracos resultados apresentados pela economia chinesa, deve também repercutir o balanço da Petrobrás divulgado ontem á noite. O mercado de juros futuros deve focar na evolução do dólar, mas também refletir os dados sobre emprego de março, que serão divulgados pelo Caged. O consenso dos analistas aponta para o fechamento líquido de 20,8 mil postos de trabalho no mês, em linha com o baixo nível de atividade doméstica prevalecente nos últimos meses.

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