Hoje na Economia – 23/04/2021

Hoje na Economia – 23/04/2021

Os principais mercados internacionais operam entre altos e baixos, sem direcional claro, nesta manhã de sexta-feira. O sentimento dos investidores é prejudicado pelas notícias sobre os avanços da pandemia de covid-19 em vários países, bem como pela intenção do presidente dos EUA, Joe Biden, de aumentar impostos sobre ganhos de capital sobre a parcela mais rica da população.

Na Ásia, os mercados de ações fecharam majoritariamente em alta. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, terminou a sessão com alta de 0,30%. Os investidores deixaram de lado a queda nas bolsas de Nova York ontem, devido a um possível aumento sobre ganhos de capital nos EUA, resolvendo focar em questões locais. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,26%, enquanto o Hang Seng registrou ganho de 1,12% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve alta de 0,27% em Seul; o Taiex valorizou 1,19% em Taiwan. Exceção na região foi o índice Nikkei que caiu 0,57% em Tóquio, refletindo o agravamento das contaminações por covid-19, que pode levar o governo a declarar estado de emergência em Tóquio e Osaka.

Na Europa, as principais bolsas da região operam no vermelho. O mau humor é alimentado por uma sucessão de balanços corporativos com resultados abaixo do esperado pelos analistas, que prevaleceu mesmo após a divulgação de indicadores econômicos positivos. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, englobando a indústria e os serviços, subiu de 53,2 em março para 53,7 em abril, atingindo o maior nível em nove meses e superando as previsões do mercado. Destaque para o PMI serviços, que subiu de 49,6 em março para 50,3 em abril, sinalizando a volta do crescimento no setor. Neste momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,29%. Em Londres, o FTSE100 recua 0,30%; em Paris, o CAC40 cai 0,15%; em Frankfurt, o DAX perde 0,36%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu dois pontos base para 1,56% ao ano, revertendo o movimento de queda de ontem, quando recuou para 1,554%, diante das incertezas sobre o quadro global da pandemia. O índice DXY do dólar recua 0,34%, no momento, perdendo principalmente para as moedas europeias, após a divulgação de dados de atividade econômica (PMIs) melhores do que esperado para a zona do euro e Reino Unido. O euro é cotado a US$ 1,2060, subindo 0,37%; a libra vale US$ 1,3876, alta de 0,27%; a moeda japonesa é cotada a ¥ 107,82/US$, alta de 0,06%. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, sugerindo que os mercados à vista buscarão se recuperar das perdas de ontem. O futuro do Dow Jones avança 0,19%; S&P 500 +0,18%; Nasdaq registra alta de 0,15%. Investidores estarão atentos aos balanços corporativos e indicadores de atividade econômica (PMI) e do setor imobiliários que serão divulgados ao longo da manhã.

No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo operam em alta, diante da expectativa de maior demanda por parte dos EUA e Europa diante de sinais de fortalecimento da atividade econômica e afrouxamento das medidas de isolamento social. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para junho, é cotado a US$ 61,84/barril, com alta de 0,67%, nesta manhã.

No Brasil, terminou a novela do orçamento. O presidente Bolsonaro sancionou a LDO 2021 ontem à noite com veto definitivo de R$ 19,8 bilhões de dotações, sendo R$ 10,5 bilhões de emendas de relator, R$ 1,4 bilhão em emendas de comissões do Congresso e R$ 7,9 bilhões em despesas discricionárias do Executivo. Foram bloqueados adicionalmente R$ 9 bilhões, que ficam à mercê da evolução dos resultados, podendo ser desbloqueados até o fim do ano. O resultado foi melhor do que o esperado, o que deve favorecer os mercados, com Bovespa subindo; dólar em queda, permitindo fechamento dos prêmios na curva de juros a termo.

Newton  Rosa

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