Hoje na Economia 23/05/2013

Hoje na Economia 23/05/2013

Edição 793

23/05/2013

Um forte ambiente de aversão ao risco prevalece nos mercados, nesta manhã. Repercutem as sinalizações dadas por dirigentes do Fed sobre as possibilidades de se reduzir os programas de compras de ativos (QE) nos próximos meses. Pesa, também, a divulgação, na China, de fracos dados do setor industrial, confirmando que perde fôlego o crescimento da segunda maior economia do mundo.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com perda de 3,3%, por conta dos fracos dados chineses. Na China, a leitura preliminar do índice de gerentes de compras da indústria (PMI), divulgado pelo HSBC, ficou em 49,6 em maio, o nível mais baixo em sete meses. A bolsa de Xangai fechou o dia amargando perda de 1,13%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 2,54%. No Japão, o índice Nikkei recuou 7,32%, a maior queda dos últimos dois anos. Uma combinação de fatores explica esses resultados: a alta do yield dos títulos japoneses de 10 anos; o fraco resultado do PMI-manufatura de maio divulgado na China; e o enfraquecimento do dólar. A moeda japonesa, que era cotada a 102,90 ienes por dólar ontem à tarde, recuou para ¥101,35/US$, nesta manhã.

Na Europa, foram divulgados os dados preliminares dos índices de gerentes de compras (PMI) da região. Não trouxeram surpresas! Reafirmaram o quadro de contração da atividade industrial nos países do euro. Nesta manhã, o índice STOXX600 apresenta queda de 2,05%. Em Londres o FTSE 100 recua 1,90%, enquanto o CAC40 de Paris perde 2,31% e o DAX30 de Frankfurt registra variação de -2,66%. O euro é negociado a US$ 1,2881, contra US$ 1,2855 de ontem à tarde.

A depreender do comportamento dos mercados futuros no momento, as principais bolsas norteamericanas devem amargar novas perdas no dia de hoje. Os índices futuros do S&P e D&J registram quedas de 1,11% e 0,90%, respectivamente, no momento. O dólar recua frente às principais moedas (dólar index: -0,52%), enquanto o juro pago pela treasury de 10 anos situase em 1,989%. Na agenda, destaque para os novos pedidos de seguro desemprego, que devem somar 345 mil segundo o consenso do mercado, recuando ante 360 mil registrados na semana passada.

No mercado de petróleo, a cotação do produto tipo WTI segue em queda, perdendo 1,27% nesta manhã, com o valor do barril situando-se em US$ 93,08. Demais commodities também operam em baixa: metais -1,33%; agrícolas -0,53%, mas ouro sobe 1,51%.

Nesta manhã em que prevalece forte aversão ao risco, derrubando commodities e petróleo, a Bovespa deve operar em baixa, seguindo as tendências ditadas pelos mercados internacionais. No câmbio, a fraqueza da moeda americana pode trazer a cotação do dólar mais para perto de R$ 2,00/US$ no dia de hoje. No mercado de juros futuros, o agravamento da crise externa pode levar ao fechamento das cotações dos DIs mais longos.

Superintendência de Economia
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