Hoje na Economia 23/05/2018

Hoje na Economia 23/05/2018

Edição 2018

23/05/2018

Forte sentimento de aversão ao risco toma conta dos mercados, derrubando as ações, commodities e moedas emergentes. As motivações abarcam desde aumento das tensões na Coreia do Norte e ruídos nas negociações comerciais entre EUA e China, passando pelo agravamento da crise econômica na Turquia e por dados confirmando o enfraquecimento do crescimento econômico da zona do euro.

Declarações negativas do presidente Donald Trump sobre as negociações comerciais com a China e sobre o encontro com o líder da Coreia do Norte abalaram a confiança dos investidores na Ásia, cujos mercados fecharam em queda. O índice MSCI Asia Pacific caiu 0,30%, no pregão desta quarta-feira. Na China continental e em Hong Kong os mercados encerraram os negócios nas mínimas do pregão. O índice Xangai Composto recuou 1,41%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,82%. No Japão, o Nikkei sofreu perda de 1,18%, por conta do fortalecimento do iene diante do dólar, na busca por porto seguro. A moeda americana é negociada a 109,70 ienes nesta manhã, recuando ante o valor de 110,70 ienes de ontem à tarde. Em Seul, as ações de tecnologia garantiram alta de 0,26% para o índice Kospi. Em Taiwan, o Taiex acompanhou a tendência da região fechando em baixa de 0,48%.

Na Europa, os dados preliminares dos índices dos gerentes de compras (PMI) para o mês de maio mostram que a economia da região segue em expansão, mas vem perdendo força. O PMI composto da zona do euro, medindo a atividade nos setores industrial e de serviços, caiu de 55,1 em abril a 54,1 em maio, atingindo o menor nível em 18 meses. As projeções previam queda menor, a 54,8. O euro se enfraqueceu, sendo cotado a US$ 1,1727, com queda de 0,47%, no momento. O índice STOXX600 registra queda de 1,05%, bem como os principais índices de ações da região: FTSE de Londres -0,75%; CAC40 de Paris -1,25%; o DAX de Frankfurt -1,57%.

No mercado americano, a busca por proteção reduziu o juro do T-Bond, que para o papel de 10 anos situa-se em 3,015% ao ano de 3,058% de ontem à tarde. O dólar avança, não só frente às moedas fortes (índice DXY sobe 0,24%), com da maioria das moedas emergentes, com destaque para a lira turca que perde 3,67%, nesta manhã. Bolsa de ações de Nova York deve operar em baixa nesta quarta-feira, levando-se em conta a abertura negativa dos principais índices futuros de ações: futuro do Dow Jones perde 0,80%; do S&P 500 cai 0,71%; do Nasdaq recua 1,03%. Às 15 horas, o Fed divulga a ata da reunião de política monetária ocorrida no mês passado, que poderá trazer indicações sobre o ritmo dos aperto monetário com implicações sobre o dólar e a curva de juros a termo.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa na manhã desta quarta-feira, influenciado por indicações da OPEP de que poderá elevar a produção em reunião marcada para junho, caso as sanções dos EUA sobre o Irã e Venezuela afetem a oferta do produto. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é cotado a US$ 71,79, com queda de 0,58%.

No mercado doméstico, o destaque será a divulgação do IPCA-15 de maio pelo IBGE. As projeções indicam alta de 0,26% no mês, mantendo a inflação abaixo do piso da meta (2,82%) em 12 meses. Na Bovespa, a aversão ao risco pode prejudicar a desempenho deste mercado, embora se espere por recuperação das ações da Petrobrás, depois de preservada sua autonomia na determinação da política de preços dos combustíveis.

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