Hoje na Economia – 23/05/2022

Hoje na Economia – 23/05/2022

A semana começa com um clima melhor entre os investidores, mais animados, com maior disposição para a tomada de risco. As bolsas europeias e os futuros das bolsas de Nova York operam em alta, ao mesmo tempo em que o dólar perde força e o petróleo se valoriza. O clima de cautela permanece, uma vez que a inflação elevada, juros em alta, enfraquecimento da economia chinesa e guerra na Ucrânia põem em risco a economia global, que pode enfrentar uma recessão.

Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em alta. Favoreceu o clima pró-risco, os esforços do governo da China em adotar medidas para estimular a atividade econômica diante das restrições para combater a covid-19 em importantes centros econômicos do país. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,20%, nesta segunda-feira. Na China, o índice Xangai Composto não conseguiu sustentar a alta ao longo de pregão, fechando perto da estabilidade (+0,01%). Notícias sobre aumento de novas infecções por coronavírus reavivaram temores sobre novas medidas rígidas de lockdowns, contrabalançando o anúncio positivo de redução das taxas de juros para empréstimos de longo prazo, efetuado na sexta-feira. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o dia com queda de 1,19%, pressionado por ações de tecnologia. O sul-coreano Kospi avançou 0,31% em Seul, enquanto em Taiwan, o Taiex fechou com alta modesta de 0,07%. No Japão, o índice Nikkei teve alta de 0,98% em Tóquio. Em visita à Ásia, o presidente Joe Biden declarou que deverá rever a política tarifária imposta pelo ex-presidente Trump à China, buscando reativar as relações comerciais entre os dois países. Ao mesmo tempo, anunciou nova iniciativa de cooperação econômica e comercial com 12 países do Indo-Pacífico.

As bolsas europeias exibem altas moderadas, nesta manhã, ampliando os ganhos da sessão anterior. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,29%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,71%; enquanto o DAX avança 0,53% em Frankfurt. Em Paris, o CAC40 cai 0,08%. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, declarou que é provável que começará a subir a taxa básica de juro europeia em julho e que deverá deixar a região dos juros negativos até final de setembro. O euro ganhou força ante ao dólar, sendo cotado a US$ 1,0686/€, apreciando 1,15%, no momento. A libra é negociada a US$ 1,2585/£, com alta de 0,84%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu três pontos base para 2,81% ao ano, em meio a debates sobre a estratégia de aperto monetário sinalizado pelo Fed e os riscos crescentes de desaceleração da economia. O índice DXY do dólar exibe queda significativa, nesta manhã, num dia de maior apetite ao risco, situando-se em 102,16 pontos, caindo 0,96%. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta em meio a expectativas de que caçadores de pechinchas ajudarão a impedir que o S&P 500 ingresse no “bear market” (20% abaixo do pico mais recente). Neste momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,65%; S&P 500 avança 0,67%; Nasdaq valoriza 0,84%. Enquanto se aguarda pela divulgação da ata da última reunião do Fed na quarta-feira, os investidores acompanharão os pronunciamentos de vários dirigentes do Fed sobre a trajetória da política monetária americana.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta. O contrato do petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 111,46/barril, com alta de 1,09%, nesta manhã.

O otimismo no exterior, ainda que comedido, e uma certa paz no cenário doméstico apontam para um dia no azul para o Ibovespa. O real deve continuar se apreciando ante ao dólar, e os juros futuros devem operar em ligeira baixa, enquanto se aguarda pelo IPCA-15 de maio, que será divulgado amanhã.

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