Hoje na Economia – 23/08/2023

Cenário Internacional

Nos EUA, os dados de atividade divulgados ontem surpreenderam em direções mistas. Por um lado, a sondagem industrial do Fed de Richmond de agosto veio acima do esperado pelos analistas (-7 vs. -10), ainda que tenha permanecido em campo negativo. Por outro, as vendas de casas existentes recuaram 2,2% M/M em julho, ante expectativa de queda de 0,2% M/M.

Nesta madrugada, os destaques da agenda global foram as divulgações prévias dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) referentes a agosto na Zona do Euro. O PMI de Serviços frustrou a expectativa mediana de mercado ao contrair de 50,9 para 48,3, queda superior à esperada (50,5). O PMI de Manufatura, em contrapartida, surpreendeu positivamente o consenso de mercado (43,7 vs. 42,7) e avançou 1 ponto em relação ao dado anterior.

Hoje a agenda internacional contempla a divulgação das preliminares dos PMIs de agosto nos EUA, que devem mostrar variação próxima à estabilidade. Também serão divulgadas as vendas de novas residências em julho.

Cenário Brasil

No âmbito local, com a agenda de dados econômicos esvaziada, o noticiário político permanece no radar dos mercados. O texto final do novo arcabouço fiscal foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados, com alterações em relação à versão aprovada pelo Senado e agora seguirá para sanção presidencial. A Câmara manteve a exclusão do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e do FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal) do limite de gastos imposto pela regra, mas retirou a excepcionalidade das despesas com ciência, tecnologia e inovação. A emenda relativa às despesas condicionadas à diferença entre a inflação acumulada até junho e até dezembro deste ano, que somam perto de R$30 bilhões, também foi retirada e será adicionada à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) referente a 2024.