Hoje na Economia 23/10/2013

Hoje na Economia 23/10/2013

Edição 899

23/10/2013

Mercados operam no módulo de aversão ao risco, nesta manhã. Os dados divulgados ontem nos EUA, mostrando a fragilidade do mercado de trabalho, colocaram em dúvida a consistência da recuperação econômica americana em meio a forte crise fiscal. Ganham força apostas de que o Fed deve prolongar a estratégia de monetização até meados do primeiro semestre de 2014.

O dólar recua frente às principais moedas com o dólar index atingindo o mais baixo valor dos últimos três meses, o mesmo ocorrendo com a remuneração da Treasury de 10 anos, cujo yield situa-se em torno de 2,48% ao ano, no momento. Os futuros das principais bolsas americanas operam em baixa (S&P: -0,49% e D&J: -0,43%), sinalizando que o mercado de ações deve devolver parte dos ganhos recentes no pregão de hoje.

Na Europa, nem a percepção de que a confiança do consumidor europeu, em outubro, deve ter subido para o maior nível desde julho de 2011 anima os investidores. O índice STOXX600 opera com perda de 0,57%, com destaque para as bolsas de Londres (-0,44%), Paris (-0,65%) e Frankfurt (-0,47%). O euro registra queda frente à moeda americana nesta manhã (-0,16%, cotado a US$ 1,3760), após atingir US$ 1,3790 ontem à tarde.

Na Ásia, os temores quanto a um retrocesso na recuperação da economia americana empurraram os investidores para ativos considerados seguros. Bolsas locais fecharam majoritariamente em queda, com o índice MSCI Asia Pacific recuando 0,8%. Em Tókio, o índice Nikkei apurou perda de 1,95%, com o fortalecimento do iene ante ao dólar, prejudicando as ações das empresas exportadoras. No momento, a moeda japonesa troca de mãos a 97,31 ienes por dólar, contra 98,13 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto perdeu 1,25%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong encerrou o dia com queda de 1,36%.

O preço do barril do petróleo tipo WTI mantém a tendência de queda observada nos últimos dias, sendo negociado hoje a US$ 97,38, com queda de 0,94%. Demais commodities também sofrem neste dia de maior aversão ao risco. O índice total recua 0,38%, com destaque para metais (-0,61%), metais preciosos (-0,88%) e commodities energéticas (-0,70%).

A tendência de enfraquecimento global da moeda americana, ante a expectativa de manutenção da atual estratégia monetária do Fed, combinada ao ingresso de recursos do leilão de Libra (US$ 4 bilhões), deve levar o valor do dólar em real para um nível mais baixo do que o governo gostaria. Isso deve promover alteração na política de intervenção do BC, podendo reduzir o volume de rolagem do lote de SWAP que vence em 01/Nov. Apreciação cambial e recuo dos juros longos americanos favorecem o movimento de fechamento dos vencimentos mais longos da curva de DIs futuros.

Superintendência de Economia
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