Hoje na Economia 23/10/2018

Hoje na Economia 23/10/2018

Edição 2123

23/10/2018

Investidores voltam a se retrair, nesta terça-feira. Evitam riscos em meio às incertezas causadas pelo clima de guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, somado a crise envolvendo a Arábia Saudita e o imbróglio envolvendo o acordo para o Brexit. Ganham os ativos considerados porto seguro, como as treasuries, ouro e a moeda japonesa.

Na Ásia, as bolsas fecharam os negócios com perdas generalizadas, após as altas observadas nos dois pregões anteriores. O índice MSCI Asia Pacific caiu 2,7%, atingindo o menor nível em 17 meses. As preocupações com o enfraquecimento da economia chinesa prevaleceram, se sobrepondo aos sinais dados pelo governo de que adotará medidas para estimular a economia, tentando injetar confiança entre os investidores. O índice Composto da bolsa de Xangai sofreu queda de 2,26% no pregão de hoje. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve queda de 3,08%. No Japão, o Nikkei caiu 2,67% em Tóquio, levando o índice ao menor patamar em dois meses. O iene se valorizou ante ao dólar, que é negociado a 112,24 ienes, contra 112,85 ienes de ontem à tarde. O sul-coreano Kospi recuou 2,57% em Seul, e o Taiex teve queda de 2% em Taiwan.

Os mercados de ações da Europa seguem a tendência ditada pela Ásia. A aversão ao risco é alimentada pela polêmica em torno do plano de orçamento da Itália, que não consegue chegar a um acordo com a União Europeia sobre o nível do déficit fiscal que deve buscar, bem como pelas dificuldades que o governo britânico enfrenta para fechar um acordo sobre o chamado Brexit. O índice pan-europeu de ações opera em queda de 1,52%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 recua 1,10%. A libra se mantém abaixo de US$ 1,30, situando-se em US$ 1,2997, pouco melhor do que o valor de US$ 1,2973 de ontem à tarde. Em Paris, o CAC40 tem queda de 1,61%; em Frankfurt, o DAX perde 2,15%. O euro é negociado a US$ 1,1479, pouco acima da cotação de US$ 1,1470 do fim da tarde de ontem.

No mercado americano, os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em forte queda. O índice futuro do Dow Jones recua 1,27% no momento; do S&P 500 cai 1,36%; Nasdaq perde 1,62%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 3,146% ao ano, recuando ante 3,191% do fim da tarde de ontem. O dólar recua frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 95,16, caindo 0,16%, no momento.

A aversão ao risco afeta também o mercado de petróleo, acompanhando o mau humor que tomou conta das bolsas asiáticas e europeias. O contrato futuro do produto tipo WTI, para entrega em dezembro, é negociado a US$ 68,45/barril, com queda de 1,31%.

No mercado doméstico, a questão eleitoral perde força em fazer preço nos mercados, uma vez que as pesquisas vêm confirmando o favoritismo do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, para vencer o segundo turno das eleições. A aversão ao risco que prevalece no exterior deve contaminar a Bovespa, que deverá acompanhar a tendência de queda das principais bolsas internacionais. Na agenda econômica, será divulgado o IPCA-15 de outubro, que deve registrar inflação de 0,64% no mês e 4,59% em doze meses, segundo as projeções do mercado.

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