Hoje na Economia – 23/11 2020

Hoje na Economia – 23/11 2020

As principais bolsas internacionais operam em alta nesta segunda-feira impulsionadas pelo crescente otimismo quanto à possibilidade de se ter uma vacina contra a covid-19 ainda neste ano. A semana passada já havia terminado com a boa notícia de que Pfizer e a Biontech tinham entrado com pedido de uso emergencial do imunizante junto ao órgão americano FDA. No fim de semana, o chefe da Operação Warp Speed, Moncef Slaoui, que coordena os esforços nos EUA em torno de uma vacina, afirmou que as primeiras doses podem ser aplicadas no país a partir de 12 de dezembro. Finalmente, a AstraZeneca informou que sua vacina contra a covid-19 apresentou, em média, 70% de eficácia e, em alguns casos, de 90%.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam majoritariamente em alta. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,60%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi apurou ganho de 1,92% em Seul, com destaque para as ações das farmacêuticas, ajudadas por parcerias com o governo local para conter o avanço da covid-19 e desenvolver uma vacina. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,09%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng registrou alta moderada de 0,13%. No Japão, mercados permaneceram fechados devido a feriado local. No mercado de moedas, o dólar é cotado a 103,78 ienes, contra 103,86 ienes de sexta-feira à tarde.

Na Europa, a esperança de se estar próximo a um remédio definitivo contra a covid-19 alimentou o apetite ao risco dos investidores, estimulando a alta na maioria das bolsas da região. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,60%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,29%; o CAC40 avança 0,79% em Paris; em Frankfurt, o DAX se valoriza 1,0%. O euro é cotado a US$ 1,1875, se valorizando 0,15% diante da divisa americana. Por outro lado, a segunda onda de covid-19 impacta negativamente sobre a economia. O índice de gerente de compras (PMI) composto da zona do euro caiu ao menor nível em seis meses, devido à segunda onda da doença. O indicador recuou de 50 em outubro para 45,1 na prévia de novembro, refletindo a queda no setor de serviços.

No mercado americano, a expectativa de que se está muito próximo de se obter uma vacina contra a covid-19 neste final de ano alimenta a alta dos ativos de risco, nesta manhã. Os principais índices futuros das principais bolsas de Nova York operam em alta firme: Dow Jones sobe 0,78%; S&P 500 avança 0,67%; Nasdaq tem alta de 0,48%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 1 ponto base para 0,84% ao ano. Esse ambiente mais propenso ao risco traz um viés de baixa para o dólar ante as principais moedas. O índice DXY do dólar recua -0,23%, situando-se em 92,22 pontos.

O mercado de commodities, de forma geral, também é beneficiado por esse dia em que o apetite ao risco é estimulado pelo otimismo que cerca as vacinas contra a covid-19. O índice geral de commodity Bloomberg sobe 0,69%, com alta generalizada entre as principais commodities. O contrato futuro de petróleo tipo WTI, para janeiro, se valoriza 1,96%, sendo negociado a US$ 43.25/barril.

O otimismo que move os principais mercados nesta segunda-feira deverá contaminar a Bovespa também, mas a incerteza presente no ambiente político doméstico impõe maior cautela aos investidores. O real pode se beneficiar da fraqueza global do dólar, enquanto os juros futuros devem ficar pressionados à espera dos dados de inflação (IPCA-15, IGP-M), alimentando temores sobre os riscos inflacionários.

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