Hoje na Economia – 23/12/2020

Hoje na Economia – 23/12/2020

Mercados financeiros globais tiveram grande volatilidade nas últimas horas com o noticiário político nos EUA, porém agora operam em sua maioria em alta. O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou o pacote de estímulo aprovado pelo Congresso ontem, dizendo que o pagamento de US$ 600 para cada americano deveria ser maior, de US$ 2000. Não se sabe ainda se ele vai vetar a lei aprovada pelo Congresso. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, afirmou que pode votar essa mudança ainda hoje, porém parece haver oposição a esse aumento no campo dos Republicanos no Senado.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, recuperando-se das quedas devido à nova forma de Covid descoberta no Reino Unido no final de semana. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,7%, com avanços de 0,33% no Nikkei225 do Japão, 0,86% no hang Seng de Hong Kong, 0,76% na bolsa de Xangai e 0,96% no KOSPI de Seul. O iene está se valorizando diante do dólar,+0,21%, cotado a ¥/US$ 103,42.

Na Europa, a maior parte das bolsas opera em alta. Há avanços de 0,39% no índice pan-europeu STOXX600, 0,66% no CAC40 de Paris e 0,63% no DAX de Frankfurt. Por outro lado, o FTSE100 de Londres tem queda de -0,05%. Negociações relativas à saída do Reino Unido da União Europeia seguem num impasse em relação a questões antigas, como pescaria, porém com problemas mais recentes, como a impossibilidade de caminhoneiros britânicos entrarem na França devido à nova cepa de Covid-19, sendo solucionados hoje. A libra está se valorizando diante do dólar, +0,55%, cotada a US$/£ 1,3435. O euro, por sua vez, se valoriza menos, +0,21%, cotado a US$/€ 1,2189.

Os índices futuros das bolsas americanas operam em alta agora. Eles chegaram a cair consideravelmente durante a noite, após as declarações de Trump sobre o pacote fiscal, com o S&P 500 chegando a ter contração de -0,7%, mas se recuperaram desde então. Há altas de 0,31% no futuro do Dow Jones e do S&P500 e 0,20% no caso do NASDAQ. O dólar está perdendo valor contra outras moedas, com o índice DXY recuando -0,32%. Os juros futuros estão em ligeira alta, com o yield da Treasury de 10 anos subindo menos de 1 pb, para 0,923% a.a.. Hoje sairão os últimos dados econômicos da semana. As encomendas de bens duráveis devem ter desacelerado de 1,3% M/M para 0,5% M/M. Dados de renda e consumo pessoal provavelmente tiveram queda de -0,3% M/M e -0,2% M/M, respectivamente, em novembro, refletindo o efeito do fim dos estímulos fiscais. O deflator do consumo deve ter ficado estável na comparação A/A, em 1,4% no caso do núcleo. Além disso, sairão dados de pedidos semanais de seguro desemprego, housing e confiança do consumidor da Universidade de Michigan. Amanhã os mercados devem fechar mais cedo e eles não abrirão na sexta-feira, afetando a sua liquidez.

Os preços de commodities em sua maioria estão em alta. O índice geral da Bloomberg sobe 0,38%. Há avanço de 0,15% no preço do petróleo tipo WTI, cotado a US$ 47,09/barril. Há também alta de 0,53% no níquel e 0,62% na soja.

Ontem no Brasil o ano legislativo terminou sem que a pauta bomba fosse aprovada, em especial a PEC que aumentaria o repasse do Fundo de Participação dos Municípios. Os dados de inflação a serem divulgados hoje devem mostrar desaceleração em relação às medições anteriores, com o IPC-S passando de 1,41% para 1,36% e o INCC-M de 1,29% para 1,08%. O CAGED de novembro também será destaque, devendo ter desacelerado sua criação de vagas de 394 mil para 269 mil. Dados de crédito do setor bancário também sairão. Hoje o preço de ativos brasileiros deve subir, com a melhora no mercado global e o noticiário político de ontem. Os juros futuros devem cair novamente, com o real se valorizando e a bolsa subindo.

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