Hoje na Economia – 23/12/2021

Hoje na Economia – 23/12/2021

Novos estudos mostrando a eficácia das vacinas conhecidas para conter o avanço da variante ômicron do coronavírus animam os investidores, sustentando o apetite ao risco apostando na capacidade de o crescimento global resistir ao vírus, ainda que muitos governos adotem medidas restritivas. Ademais, estudos realizados na África do Sul mostram taxas de hospitalizações menores após a infecção pela ômicron em comparação com a delta.

As bolsas da Ásia fecharam em alta pelo terceiro dia consecutivo, com investidores motivados pelo bom desempenho das bolsas de Wall Street ontem e pelo noticiário positivo relacionado à pandemia de covid-19. O índice regional MSCI Asia Pacific registrou ganho de 0,80% no dia de hoje. O índice japonês Nikkei teve avanço de 0,83% em Tóquio, com destaque às companhias de aviação, favorecidas pelas boas notícias sobre o menor impacto causado pela variante ômicron sobre a economia global. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,40%, enquanto o sul-coreano Kospi valorizou 0,46% em Seul. Na China, o índice Xangai Composto teve alta de 0,57%, enquanto em Taiwan, o Taiex valorizou 0,67%.

Na Europa, as bolsas locais iniciaram o dia em alta, ecoando notícias de que a Astrazeneca efetuou estudos que indicam que a sua vacina é eficaz para prevenir infecções pela nova cepa. Setores como viagens, turismo e autos são os destaques de alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,23% no momento. Em Londres, o FTSE100 opera em torno da estabilidade; em Paris e em Frankfurt, o CAC40 e o DAX avançam 0,05% e 0,33%, respectivamente.

Os juros dos Treasuries e o dólar oscilam entre margens estreitas, nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos oscila em torno de 1,46% ao ano. O índice DXY do dólar após operar em queda ao longo do overnight voltou a subir, situando-se em 96,19 pontos, alta de 0,12%. O euro recua para US$ 1,1318/€, depreciando 0,08%, enquanto a libra valoriza 0,25% cotada a US$ 1,3387/£. Tanto o mercado de juros como o de câmbio opera à espera de uma série de indicadores americanos, que serão divulgados ao longo da manhã, envolvendo dados de consumo, confiança do consumidor e a atividade industrial. Destaque também para a inflação medida pelo deflator dos gastos pessoais (PCE) de novembro, que deverá confirmar a intensificação das pressões inflacionárias, à semelhança do observado no índice de preços ao consumidor (CPI). Enquanto se espera pelos dados, os futuros das bolsas de Nova York operam em alta moderada: o índice futuro do Dow Jones sobe 0,25% no momento; S&P 500 avança 0,16%; Nasdaq opera perto da estabilidade.

Os contratos futuros de petróleo são negociados em baixa nesta manhã, num movimento de realização de lucros após as fortes altas de ontem, impulsionadas pela queda nos estoques americanos de óleo. O contrato futuro do petróleo WTI é negociado a US$ 72,62/barril, recuando 0,19%, no momento.

No mercado doméstico, dados de inflação e atividade pautam os mercados nesta quarta-feira. O IBGE divulga o IPC-15 de dezembro, que deve mostrar alta de 0,81% no mês, recuando frente à alta de 1,17% do dado anterior e de 0,95% do IPCA fechado de novembro. O IPCA-15 deve fechar 2021 com inflação de 10,46%, a primeira desaceleração em 12 meses desde junho de 2020. O Caged divulga dados sobre o mercado formal de trabalho em novembro, que deve ter criado liquidamente 223 mil nova vagas no mês.

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