Hoje na Economia 24/01/2014

Hoje na Economia 24/01/2014

Edição 957

24/01/2014

As primeiras movimentações nesta manhã nas principais praças mundiais apontam para mais um dia em que deve prevalecer forte aversão ao risco, privilegiando os ativos considerados portos seguros.

A semana vem sendo castigada por uma sucessão de eventos desfavoráveis aos ativos de risco: fracos resultados corporativos divulgados em diversos países, sinais adicionais de desaceleração da economia chinesa e a crescente percepção de que a redução dos estímulos monetários nos EUA minará a força das economias emergentes.

A busca por proteção em ativos como as treasuries americanas derrubou o yield do T-Bond de 10 anos para 2,74% ao ano, o mais baixo das últimas sete semanas. O dólar avança frente às principais moedas, nesta manhã, com exceção da moeda japonesa, também vista como um porto seguro. As expectativas para os mercados de ações norte-americano no dia de hoje, avaliadas a partir do comportamento dos futuros de ações nesta manhã, apontam para novo dia de perdas. Os índices futuros do S&P e D&J perdem 0,37% e 0,39%, respectivamente, no momento.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 1,2%. A bolsa de Tókio fechou esta sexta-feira em forte baixa, influenciada pelos temores de desaceleração mais acentuada da economia chinesa, como também pelo fortalecimento da moeda japonesa. O índice Nikkei fechou em baixa de 1,94%, encerrando sua terceira semana consecutiva de perdas. A moeda japonesa é negociada a 103,01 ienes/dólar, contra o pico de 104,84 ienes ocorrido no dia de ontem. Na China, a bolsa de Xangai encerrou com alta de 0,60%, ao mesmo tempo em que em Hong Kong, bolsa local registrava queda de 1,25%.

Na Europa, o quadro não é diferente, com maioria dos investidores procurando evitar mercados mais arriscados, como de ações. O índice STOXX600 apura queda de 0,57% no momento, enquanto as bolsas de Londres, Paris e Frankfurt recuam 0,32%, 0,63% e 0,39%, respectivamente. O euro é cotado a US$ 1,3665 (-0,23% no momento), contra US$ 1,3693 registrado ontem à tarde.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 97,48/barril nesta manhã, com ganho de 0,16%. Demais commodities operam no vermelho: metais: -0,25%; agrícolas: -0,13% e metais preciosos: -0,27%.

Ante um ambiente em que prevalece forte aversão ao risco, as perspectivas não são positivas para a Bovespa no dia de hoje. O real deverá se manter pressionado à medida que o dólar se mantém fortalecido, não só pela busca de porto seguro como também pela nova rodada de corte de estímulos monetários que o Fed deverá efetuar na próxima semana. Os juros futuros poderão continuar pressionados em decorrência do ambiente de aversão ao risco, com capitais deixando os mercados emergentes, como também por depreciações adicionais da moeda doméstica.

Superintendência de Economia
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