Hoje na Economia – 24/01/2022

Hoje na Economia – 24/01/2022

Nesta semana em que o comitê de política monetária do Fed (Fomc) se reúne, sinalizando a proximidade do início da alta dos juros, investidores se acautelam. Evitam posicionamento mais arriscados, enquanto se avalia o impacto de uma política monetária restritiva sobre os preços dos ativos.

Na Ásia, as bolsas não mostraram um padrão único de comportamento. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 0,6%. Ações de tecnologia foram os destaques de queda, acompanhando o movimento baixista de Wall Street na sexta-feira diante da possibilidade de que o Fed, em sua reunião desta quarta-feira, sinalize o início da alta dos juros no encontro de março. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,24% em Tóquio, enquanto o Hang Seng caiu 1,24% em Hong Kong e o sul-coreano Kospi recuou 1,49% em Seul. Em Taiwan, o Taiex subiu 0,50%. Na China, o Xangai Composto fechou próximo da estabilidade (+0,04%).

Na Europa, as bolsas, em sua maioria, operam em baixa, nesta manhã. Foram divulgados os indicadores preliminares dos gerentes de compras (PMI) de janeiro, pela IHS Markit. Para Alemanha, os índices superaram as expectativas, enquanto para a zona do euro mostram acomodação em um bom ritmo de expansão, tanto no setor de manufatura como no de serviços. O PMI composto da zona do euro recuou de 53,3 em dezembro para 52,4 em janeiro. A disseminação da variante ômicron do coronavírus teve impactos moderados sobre a atividade econômica da região. No entanto, pesam mais sobre o sentimento do consumidor as preocupações com a esperada reunião do Fomc nesta semana, como também em torno do aumento das tensões geopolíticas na Ucrânia. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 1,18%; em Londres, o FTSE100 perde 0,60%; o CAC40 recua 1,12% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,99%.

No mercado americano, numa semana em que trará decisão de política monetária do Fed, mantendo seus juros básicos, mas sinalizando o início do aperto para março, o mercado de treasuries opera em alta reduzindo as taxas de remuneração dos papéis. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua quatro pontos básicos para 1,72% ao ano. O índice DXY do dólar opera com ligeira alta (+0,09%), sustentando os ganhos da semana passada. O euro é negociado a US$ 1,1329/€, depreciando 0,12%; a libra vale US$ 1,3531£, recuando 0,15%. O mercado futuro das bolsas de Nova York opera em alta, nesta manhã, buscando se recuperar frente às fortes perdas da semana passada. O índice futuro do Dow Jones registra alta de 0,22%, nesta manhã, do S&P 500 avança 0,28%; Nasdaq valoriza 0,49%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã. Movem os mercados as crescentes tensões geopolíticas na Ucrânia e Oriente Médio, gerando preocupações quanto a um quadro de oferta já restrita. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 85,21/barril, com alta de 0,10%, no momento.

Os ativos domésticos continuarão sendo influenciados pelo panorama global, com destaque para a reunião do Fomc nesta semana, mas sem deixar de lado a agenda econômica carregada (destaque para o IPCA-15 na terça-feira) e as discussões de âmbito fiscal, que representam uma ameaça permanente ao humor local. Hoje o foco estará na publicação do Orçamento deste ano. Há a perspectiva de que o presidente sancionou o texto com déficit de R$ 6,2 bilhões, vetando só R$ 2,8 bilhões, abaixo do corte de R$ 9 bilhões indicado pela equipe econômica, mantido as emendas parlamentares e a verba de R$ 1,7 bilhão para o aumento dos policiais federais.

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