Hoje na Economia 24/02/2015

Hoje na Economia 24/02/2015

Edição 1219

24/02/2015

Mercados operam nesta manhã de olho em dois eventos importantes para a definição da tendência dos preços dos ativos. Nos Estados Unidos, ocorre o testemunho de Janet Yellen, presidente do Fed, perante a Comissão de Orçamento do Senado, onde se espera por sinais sobre o momento em que o Fed iniciará a alta da taxa básica de juros americana.

Na expectativa de que o aperto comece em junho, o dólar opera em alta nesta manhã. O índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas, opera em alta (+0,27%), atingindo 94,825 pontos no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,10% ao ano. Os futuros do S&P e D&J oscilam em torno da estabilidade, no momento.

Na Europa, além de aguardar os acontecimentos nos EUA, espera-se pela lista de reformas que a Grécia deverá apresentar a "troika" para obter a prorrogação do acordo sobre a ajuda financeira ao país. O mercado de ações opera sem uma tendência definida. O índice STOXX600 registra alta de 0,06%. A bolsa de Londres opera estável, enquanto em Paris e Frankfurt registram quedas de 0,19% e 0,18%, respectivamente. A zona do euro registrou deflação de 1,6% em janeiro, na comparação com mesmo mês de 2014, confirmando a divulgação preliminar da semana passada. Reforça a tese sobre a necessidade do QE europeu, o que leva o euro a se enfraquecer, nesta manhã. O euro troca de mãos a US$ 1,1298, contra US$ 1,1337 no final da tarde de ontem.

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com investidor cauteloso à espera da participação de Janet Yellen perante o Senado americano e das tratativas entre Grécia e seus credores. A bolsa de Tókio fechou em alta de 0,74%, renovando pela terceira vez consecutiva a máxima em 15 anos, graças ao estímulo proporcionado pelo apetite dos investidores às ações de importantes empresas japonesas, bem como pelo forte fluxo turístico chinês para o Japão, nesta última semana. O dólar é negociado a 119,51 ienes, nesta manhã (118,75 ienes ontem à tarde). Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com queda de 0,35%. Na China continental, mercados permanecem fechados pelo feriado prolongado do Ano Novo Lunar.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recuou frente às cotações dos últimos dias, descendo ao patamar de US$ 49/barril (queda de 0,71%, nesta manhã), enquanto as demais commodities operam em direções distintas. Metais e agrícola sobem (+0,22% e +0,59%, respectivamente) enquanto metais preciosos e commodities energéticas recuam 0,25% e 0,56%, respectivamente.

A Bovespa deverá responder positivamente ao apoio que o PMDB dará às medidas de ajuste fiscal propostas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Mas também estará de olho no depoimento de Janet Yellen no Congresso americano, que deve dar o drive para o comportamento da moeda americana e os juros longos. Na agenda doméstica, com potencial para influenciar os DIs futuros curtos, será divulgado o IPCA-15 de fevereiro, que deverá mostrar inflação de 1,30%, segundo a mediana do mercado, elevando a taxa acumulada em 12 meses para 7,33%.

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