Hoje na Economia 24/02/2016

Hoje na Economia 24/02/2016

Edição 1461

24/02/2016

Mercados financeiros iniciam o dia em queda, ainda sentindo os efeitos da queda do preço do petróleo, causada pelas declarações do ministro do Irã, que disse que o acordo para congelar a produção nos níveis atuais é "ridículo".

Os preços de commodities caem ao redor do mundo, com o índice da Bloomberg recuando 0,53%. O preço do barril de petróleo tipo WTI cai 2,98% hoje, após uma queda fortíssima ontem, cotado a US$ 30,91/barril.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda devido a essa questão do petróleo, acompanhando o movimento de ontem nos mercados ocidentais. O índice MSCI Ásia Pacífico recuou -0,9%, com queda de -0,85% no índice Nikkei225 do Japão. A bolsa japonesa também foi afetada pela valorização do iene, decorrente da maior aversão ao risco, com a moeda se apreciando 0,24%, cotada a ¥/US$ 111,83. A bolsa de Xangai teve alta de 0,88%, com o Yuan se depreciando 0,13%, mas as ações chinesas na bolsa de Hong Kong tiveram queda (índice Hang Seng -1,15%).

Na Europa, as bolsas estão recuando, com o índice pan-europeu STOXX600 caindo -1,84%. Há queda de -1,37% no FTSE100 de Londres, -1,64% no CAC40 de Paris e -2,05% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando, 0,38% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,0978, acompanhando o movimento da libra, que está se depreciando mais, 0,76%, a US$/£ 1.3916, o menor patamar desde 2009. O medo de saída do Reino Unido da União Europeia ainda está afetando essas duas moedas, fazendo-as depreciar mesmo num cenário de maior aversão ao risco.

Nos Estados Unidos, os índices futuros mostram mais queda após o grande recuo de ontem, com o futuro do S&P500 caindo -0,64% e do Dow Jones -0,84%. O dólar está se apreciando contra a maioria das moedas, com o índice DXY subindo 0,25%. Os juros americanos estão em queda, com a taxa do título do governo federal de 10 anos recuando para 1,693%.

No Brasil, a inflação da FIPE na 3ª semana ficou ligeiramente acima das expectativas (1,00% contra 0,98%). Hoje saem dados de crédito, que devem mostrar mais recuo, em especial no crédito privado. A bolsa brasileira deve mostrar mais uma queda, acompanhando o restante do mundo e os preços de commodities. O real deve se depreciar hoje diante do dólar. Os juros futuros podem ter um comportamento diferente, afetados pela aprovação de parte do ajuste fiscal (maior taxação sobre ganhos de capitais). Dessa forma, eles devem subir pouco hoje.

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