Hoje na Economia 24/03/2014
Edição 995
24/03/2014
Os mercados, nesta manhã, não apresentam um direcional único como denominador. Mercados europeus operam em baixa em meio a temores de nova escalada na crise entre Rússia e Ucrânia, enquanto na Ásia, mercados locais praticamente ignoraram os fracos resultados da atividade industrial chinesa, divulgados no final de semana.
O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 1,0%. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei apurou ganho de 1,77%, recuperando-se das perdas registradas na semana passada. Nem mesmo os dados desfavoráveis da China foram suficientes para derrubar o bom humor dos investidores. O índice preliminar dos gerentes de compras (PMI), divulgado pela Markit/HSBC, recuou para 48,1 em março ante 48,5 em fevereiro. A valorização do dólar ante o iene também ajudou a bolsa japonesa, estimulando os papeis das exportadoras. No momento, a moeda americana é negociada a 102,48 ienes contra 102,24 de sexta-feira à tarde. Na China, o índice Composto de Xangai apurou valorização de 0,91%, em meio a especulações sobre anúncio de novos estímulos à economia chinesa. Em Hong Kong, bolsa local ganhou 1,91% no pregão de hoje.
Na Europa, as preocupações com a crise na Ucrânia (onde aumentou a concentração de tropas russas na fronteira oriental) sobrepujaram a divulgação do PMI Coposto (que se manteve em 53,2 em março), apontando para a manutenção de um ritmo moderado de crescimento nos próximos meses. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,61%, nesta manhã. Londres, Paris e Frankfurt operam no vermelho, com variações de -0,35%, -0,70% e -0,63%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3765, recuando frente a US$ 1,3794 do final de sexta-feira.
Os índices futuros do S&P e D&J operam com ganhos de 0,22% e 0,15%, respectivamente, prenunciando um bom desempenho para as bolsas norte-americanas no dia de hoje. O dólar opera com ligeira alta frente às principais moedas (dólar index: +0,16%), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 nos permanece em torno de 2,77% ao ano.
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a 99,69/barril, com ganho de 0,23% no momento. Demais commodities operam sem tendência definida, com destaque para agrícolas que sobem 0,73%, no momento.
No Brasil, o caso Petrobrás continuará repercutindo sobre a Bovespa, que também poderá acusar os efeitos negativos da desaceleração da atividade produtiva na China. Fluxos externos positivos têm segurado o real, que na ausência de notícias negativas deve ficar flutuando em torno de R$ 2,33/US$ no dia de hoje. No mercado de juros futuros, a curva deve se manter pressionada, seja pelo cenário desfavorável apresentado pela inflação, seja pela expectativa de deterioração adicional do quadro fiscal.