Hoje na Economia 24/04/2014

Hoje na Economia 24/04/2014

Edição 1016

24/04/2014

Resultados corporativos positivos, surpreendendo as estimativas dos analistas, e rumores sobre fusões e aquisições entre empresas nos diversos cantos do mundo alimentam o apetite ao risco dos investidores, nesta manhã. Um ambiente de boa lucratividade, baixas taxas de juros e boa governança corporativa favorecem os negócios empresariais.

Nos Estados Unidos, os bons resultados do FACEBOOK e APPLE, divulgados ontem após o fechamento do mercado, sustentam altas nos índices das principais bolsas americanas: S&P +0,44% e D&J +0,27%. Mercados devem operar à espera dos balanços da AMAZON e MICROSOFT, que serão divulgados hoje à noite. No mercado de moedas, o dólar acusa ligeira depreciação frente às principais moedas, enquanto o juro da Treasury de 10 anos permanece ao redor de 2,70% ao ano.

Na Europa, também os negócios empresariais (a aquisição da Alston pela General Eletric) impulsionam os mercados de ações. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra ganho de 0,80% no momento, acompanhado pelas valorizações das bolsas de Londres (+0,73%), Paris (+1,06%) e Frankfurt (+0,95%). O euro é negociado a US$ 1,3826, contra US$ 1,3818 no final da tarde de ontem. Declarações de Mario Draghi sobre adoção de medidas de compras de ativos, caso a inflação persista em queda (a inflação anual da zona do euro ficou em 0,5% em março) devem gerar pressões depreciativas sobre a moeda comum, a médio prazo.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com perda de 0,3% no pregão de hoje. Grande parte dessa performance refletiu a queda na bolsa de Tókio, onde o Nikkei apurou desvalorização de 0,97%. Esse desempenho refletiu a decepção dos investidores, que esperavam pelo anúncio de um acordo comercial entre os EUA e o Japão que acabou não acontecendo. Além do mais, a valorização do iene frente ao dólar americano também ajudou o movimento de baixa da bolsa japonesa. O dólar é negociado a 102,41 ienes, contra 102,54 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com perda de 0,50%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,24%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI voltou a se negociado no nível mais baixo das últimas duas semanas, refletindo a elevação dos estoques de combustíveis nos EUA. No momento, o barril é cotado a US$ 101,69. No mercado de commodities, as metálicas sobem 0,71%, nesta manhã, enquanto as agrícolas mostram discretas oscilações.

A Bovespa também deve ser movimentada pela divulgação dos balanços de importantes empresas, com destaque para Bradesco, Usiminas, Fibria, Klabin e Weg. No mercado de câmbio, não se espera por grandes movimentos. A taxa deve permanecer oscilando em torno de R$ 2,22/US$, a curto prazo. No mercado de juros, na ausência de dados de maior peso, atenção para a 3ª prévia do IPC-S de abril, que deverá recuar de 0,86% da prévia anterior para 0,78% com o dado de hoje. Esse resultado não deve mexer com as apostas para o próximo Copom já precificadas na curva dos DIs futuros.

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