Hoje na Economia 24/04/2015

Edição 1260

24/04/2015

O comportamento dos mercados, nesta manhã, sugere um dia positivo para os ativos de risco, levando-se em conta que a maioria das principais bolsas de ações do mundo opera em alta.

Na Europa, a moeda comum se fortalece frente às principais moedas. O mercado acionário deve fechar mais uma semana com ganhos, animado pela perspectiva de que a questão financeira na Grécia será resolvida sem maiores traumas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,40% no momento, enquanto Londres e Paris apuram altas de 0,40% e 0,38%, respectivamente. Na Alemanha, o índice IFO de sentimento dos empresários subiu para 108,6 em abril de 107,9 em março, superando as previsões dos analistas. Em Frankfurt, bolsa local registra ganho de 0,43%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,0832, contra US$ 1,0824 de ontem à tarde.

No mercado americano, o índice futuro do S&P registra alta de 0,07%, no momento. O índice DXY – que mede o valor do dólar frente a uma cesta de moedas – encontra-se em 97,210, com queda de 0,10%. A fraqueza da moeda americana reflete temores de que o Fed não inicie, neste ano, a elevação dos juros básicos, dado os fracos resultados apresentados pela economia americana, recentemente. O juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,952% ao ano. Dada a ansiedade que cerca a reunião de política monetária do Fed (Fomc) na semana que vem, merece atenção à divulgação das encomendas de bens duráveis de março, que devem ter subido 0,6% no mês, após queda de 1,4% em março, segundo as previsões do mercado. Esse resultado servirá, também, para calibrar as apostas no PIB do primeiro trimestre, que será divulgado nos próximos dias.

Na Ásia, boa parte dos mercados fechou em baixa. Destaque para a queda de 0,83% apurada pelo índice Nikkei de Tókio, refletindo a decepção dos investidores com a economia americana, após os fracos dados sobre o setor imobiliários divulgados ontem. A moeda americana é cotada a 119,52 ienes, ficando, praticamente, no mesmo patamar de ontem à tarde (119,53 ienes). Na China, a bolsa de Xangai apurou perda de 0,47%, no pregão de hoje. Esse resultado refletiu boatos, logo desmentidos pelos órgãos reguladores, de que se estava planejando elevar impostos sobre transações de ações e retomar tributação sobre ganhos de capital. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com alta de 0,84%.

No mercado de petróleo, as cotações do produto tipo WTI mostram fracas oscilações, atingindo US$ 57,64/barril, fechando a semana com ganho de 3,4%. Demais commodities, destaque para os metais básicos, que sobem 1,01%, puxado pela valorização do minério de ferro, após rumores de que uma grande mineradora estuda reduzir a oferta do produto.

A Bovespa deverá acompanhar o bom humor que prevalece no mercado internacional, com destaque para a Vale que deverá repercutir o avanço nos preços do minério de ferro. Dúvidas sobre quando o Fed iniciará o aperto monetário, com os fracos dados americanos empurrando o momento cada vez mais para o ano que vem, podem manter o valor do dólar flutuando em torno de R$ 3,00. Diante de uma agenda neutra, os DIs futuros devem mostrar fracas oscilações, com investidor preferindo esperar pela reunião do Copom na semana que vem.