Hoje na Economia – 24/04/2020

Hoje na Economia – 24/04/2020

Mercados operaram ao longo da madrugada desta sexta-feira mergulhados no vermelho, prometendo mais um dia de aversão ao risco. Azedam o humor dos investidores dúvidas sobre a eficácia de um tratamento para o coronavírus. O antiviral remdesivir, do laboratório americano Gilead Sciences, não produziu melhora em pacientes com covid-19, de acordo com documentos publicados por acidente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e revelados pelo jornal britânico Financial Times. A notícia afetou os negócios nas bolsas de Nova York ontem, que fecharam sem direcional único.

Na Ásia, o índice regional de ações MSCI Asia Pacific terminou o pregão de hoje com queda de 0,70%. Na China, o PBoC (banco central chinês) reduziu a taxa de juros de suas linhas de crédito de médio prazo, de 3,15% para 2,95%. Esse evento não teve forças para impedir que o índice Xangai Composto apurasse perda de 1,06%, nesta sexta-feira. No Japão, o índice Nikkei teve queda de 0,86% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,61% em Hong Kong. Em Seul, o sul-coreano Kospi caiu 1,34%; em Taiwan, o Taiex cedeu 0,18%. O dólar é negociado a 107,66 ienes, contra 107,64 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, investidores assistem os esforços dos dirigentes da zona do euro em buscar um plano de ajuda, que consiga atenuar os impactos econômicos negativos decorrentes da pandemia do coronavírus. Para piorar o humor na região, foi divulgado o índice IFO de sentimento das empresas na Alemanha, que caiu de 85,9 pontos em março para a mínima histórica de 74,3 pontos em abril, captando os efeitos da epidemia do coronavírus. As bolsas da região operam majoritariamente no vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,60%, no momento. Em Londres, o FTSE100 cai 0,93%; o CAC40 recua 0,73% em Paris; em Frankfurt, o DAX se desvaloriza 1,05%. O euro é cotado a US$ 1,0763, contra US$ 1,0780 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, revertendo as perdas da madrugada. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,32%; S&P 500 avança 0,30%; Nasdaq tem alta de 0,18%. No mercado de renda fixa, o rendimento da T-Note de 2 anos aumentava a 0,2265%, enquanto o T-Bond de 10 anos subia a 0,6071%. O dólar se fortalece frente às principais moedas, segundo o índice DXY, que se situa em 100,7 pontos, com alta de 0,26%, nesta manhã. Na agenda, hoje serão divulgados balanços trimestrais da American Express e American Air Lines, como também o índice final do Sentimento do Consumidor de abril, apurado pela Universidade de Michigan.

No mercado de petróleo, os contratos futuros da commodity operam em ligeira baixa nesta manhã, após acumularem ganhos robustos nas últimas sessões, sustentada pelo aumento das tensões entre EUA e Irã e sinais de que a Opep+ poderia aprofundar os cortes na produção. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho é negociado a US$ 16,12/barril, com queda de 0,70%.

Os mercados domésticos devem abrir os negócios acompanhando a novela sobre a situação de Sérgio Moro no Ministério da Justiça. O Diário Oficial da União de hoje trouxe a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O ministro Sérgio Moro avisava, na tarde de ontem, que não aceitaria a interferência na PF. Veremos os próximos capítulos, que pode azedar a abertura dos mercados, levando a Bovespa a manter a queda do fechamento de ontem, enquanto o dólar pode ganhar novo fôlego diante do real.

Topo