Hoje na Economia 24/05/2013

Edição 794

24/05/2013

Mercados ainda operam com grande volatilidade à medida que eles digerem as notícias dos últimos dias, com a possibilidade de retirada de estímulos nos EUA, menor crescimento da economia chinesa e problemas de comunicação da política monetária japonesa.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com perda de 0,3%. No Japão as bolsas terminaram o dia em alta, o índice Nikkei subiu 0,9%, porém essa alta não foi o suficiente para recuperar as perdas vistas ontem, de mais de 7%. O presidente do Banco do Japão, Kuroda, disse que havia feito o suficiente para estimular a economia, citando o seu programa de dobrar a base monetária do país em dois anos e dizendo que não tem metas para o valor da moeda ou da bolsa do país. Isso fez o iene se valorizar, está se apreciando 0,74% agora, cotado a ¥/US$ 101,29 contra o dólar. Os investidores ainda parecem um pouco confusos com as declarações de Kuroda, não entendendo se os yields mais altos dos títulos do governo japonês (o de 10 anos está com 0,83% a.a., contra 0,60% a.a. dos meses anteriores) são desejados pelo Banco do Japão ou não. A bolsa de Xangai hoje teve alta, de 0,58%, num dia sem notícias econômicas.

Na Alemanha foram divulgados dados de confiança do instituto IFO que foram melhores que o esperado em maio. Mesmo assim, na Europa as bolsas estão em queda, com o índice paneuropeu STOXX600 recuando -0,38%. O índice FTSE100 de Londres cai -0,73%, o DAX da Alemanha -0,77% e o CAC da França -0,05%. O euro está se valorizando agora, 0,29% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,2970.

Os futuros das bolsas americanas estão operando em queda agora, com o Dow Jones caindo – 0,41% e o S&P500 -0,59%. Hoje serão divulgados dados sobre encomendas à indústria em abril nos EUA, que podem dar mais uma pista se a economia americana está mantendo o ritmo de crescimento alto ou não. O dólar está se depreciando contra outras moedas hoje (-0,33%). No mercado de petróleo, a cotação do produto tipo WTI segue em queda, perdendo 0,87% nesta manhã, com o valor do barril situando-se em US$ 93,44. Demais commodities também operam em baixa: metais -0,16%; agrícolas -0,08%.

A aversão ao risco permanece nos mercados, com as bolsas do Ocidente em queda, e o Bovespa deve seguir nessa toada. No câmbio, a fraqueza da moeda americana pode trazer a cotação do dólar mais para perto de R$ 2,00/US$ no dia de hoje. No mercado de juros futuros, o agravamento da crise externa pode levar ao fechamento das cotações dos DIs mais longos, enquanto os juros mais curtos podem subir com a percepção mais consolidada de que o COPOM pode subir 50 pb na próxima reunião.

Superintendência de Economia
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