Hoje na Economia 24/06/2014

Hoje na Economia 24/06/2014

Edição 1056

24/06/2014

A abertura dos mercados internacionais sugere um dia de baixa, levando-se em conta que os índices futuros das bolsas, tanto dos Estados Unidos como da Europa, operam no vermelho, neste momento. Mas não se pode falar que prevalece um sentimento típico de aversão ao risco, uma vez que a moeda americana se deprecia frente às demais moedas e as principais commodities, como as metálicas, estão em alta.

Na Europa, pesou a divulgação do índice IFO de sentimento das empresas da Alemanha. O índice recuou para 109,7 em junho (110,2 em maio), ficando abaixo do esperado pelo mercado, sinalizando menor crescimento econômico para a maior economia da zona do euro. O índice de ações pan-europeu, que iniciou a sessão de hoje em alta, apura perda de 0,29%, neste momento. Tendência idêntica apresenta Londres -0,32% e Frankfurt -0,05%. Paris opera com ganho de 0,13%, no momento. O euro chegou a recuar para US$ 1,3594 após a divulgação do índice alemão, mas se recuperou, situando-se em US$ 1,3625, no momento.

Os futuros das principais bolsas norte-americanas também operam com perdas: S&P -0,24% e D&J -0,18%, enquanto os investidores aguardam a divulgação do índice de confiança do consumidor de junho (consenso: 83,5) e os dados de vendas de casa novas em maio (consenso +1,4% MoM). Diante de uma recuperação desequilibrada, as expectativas indicam que o momento de alterações na política monetária expansionista do Fed ainda se encontra distante. Desta forma, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos voltou para níveis abaixo de 2,60% ao ano (2,58%, no momento), refletindo a fragilidade do crescimento econômico americano.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com valorização de 0,2%, interrompendo dois pregões consecutivos de queda. A bolsa de Hong Kong, após a forte queda de ontem (-1,7%, a maior queda em três meses), recuperou-se fechando com alta de 0,33%. Em Xangai, também houve recuperação, com o índice Xangai Composto encerrando o dia com ganho de 0,47%. A bolsa de Tókio, por sua vez, fechou o pregão praticamente no mesmo nível do encerramento do dia anterior (Nikkei: +0,05%). O investidor preferiu a cautela, enquanto aguarda pelo discurso do primeiro ministro, Shinzo Abe, que deverá anunciar medidas estruturais para alavancar o crescimento da economia japonesa nos próximos anos. A moeda japonesa é cotada a ¥101,90/US$ nesta manhã, mantendo-se próximo ao valor observado no final da tarde de ontem (¥101,98/US$).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 106,09/barril (-0,10% no momento), com as cotações mostrando leve recuo diante da possibilidade de o governo iraquiano impedir que os rebeldes sunitas controlem as regiões produtoras. Demais commodities operam em alta, com exceção de agrícolas, que perdem 0,61%, no momento.

Sem uma agenda doméstica que possa ditar uma tendência, a Bovespa deve acompanhar as bolsas americanas, que a deduzir pelo comportamento dos futuros nesta manhã, devem operar com ligeira queda. O cenário de recuo dos juros dos Treasury Bonds de 10 anos, acompanhada de relativa estabilidade do mercado cambial, poderá definir tendência de baixa para as taxas de juros domésticas, nesta terça-feira.

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