Hoje na Economia 24/08/2017

Hoje na Economia 24/08/2017

Edição 1837

24/08/2017

Investidores atuam, no dia de hoje, de olho nas atribulações políticas do presidente dos EUA, Donald Trump, colocando em cheque sua capacidade de implementar sua agenda econômica, bem como à espera das manifestações de importantes banqueiros centrais na conferência anual patrocinada pelo Fed, em Jackson Hole, ocorrendo hoje e amanhã.

Os investidores europeus estão preferindo aguardar os discursos de Janet Yellen (presidente do Fed) e de Mario Draghi (presidente do BCE), que ocorrem amanhã, deixando de lado as preocupações com as incertezas geradas por Donald Trump. As ações europeias operam em alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra avanço de 0,40% no momento, com destaque para Londres +0,37%; Paris +0,31% e Frankfurt +0,30%. O euro é transacionado a US$ 1,1789, recuando frente à cotação de US$ 1,1822 de ontem à tarde. O enfraquecimento da moeda europeia reflete a expectativa de que Mario Draghi poderá fazer uma "intervenção verbal" na tentativa de interromper o corrente processo de valorização da moeda comum.

O dólar também se fortaleceu ante o iene japonês, ante a expectativa de que Janet Yellen confirme o início da normalização do balanço do Fed em setembro e indique chances de nova alta de juros ainda este ano. O dólar subiu para 109,35 ienes diante da cotação de 108,99 ienes de ontem à tarde. Apesar do iene mais fraco, a bolsa de Tóquio fechou em baixa de 0,42%. Preocupações com os desdobramentos dos problemas políticos de Donald Trump ajudam reduzir o apetite ao risco dos investidores japoneses. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,49%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng registrou alta de 0,43%. O índice regional MSCI Asia Pacific encerrou esta quinta-feira com queda de 0,10%.

Ainda que, segundo o consenso dos analistas, as chances de Yellen ou Draghi emitirem sinais contundentes sobre a trajetória de suas políticas monetárias sejam pequenas, prevalece a percepção de que o Fed se manterá na dianteira no processo de ajuste monetário, favorecendo o dólar frente às principais moedas no dia de hoje. Por outro lado, as chances cada vez mais reduzida de o governo americano implementar uma agenda econômica expansiva deprimem os yield do T-Notes. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,18% ao ano, contra 2,217% de ontem pela manhã. Os futuros das principais bolsas de ações americanas operam com altas discretas: Dow Jones +0,10%; S&P 500 +0,06%; Nasdaq +0,13%.

Os futuros de petróleo operam em leva baixa, nesta manhã, após as altas de ontem motivadas pela redução dos estoques oficias americanos da commodity. No momento, o contrato futuro para entrega em outubro do WTI é negociado a US$ 48,30/barril, com queda de 0,23%.

A aprovação da medida provisória que cria a TLP (Taxa de juro de Longo Prazo) na comissão mista da Câmara ontem, devendo ser votada ainda hoje no plenário, aumentou a confiança dos investidores nas próximas votações (Refis, novas metas fiscais, Previdência). A evolução favorável da pauta econômica do governo no Congresso deve sustentar o otimismo do mercado, que respaldado por uma dinâmica favorável da inflação, começa a cortejar o cenário de uma Selic mais perto ou até abaixo de 7% ao final de 2017.

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