Hoje na Economia 24/09/2014

Hoje na Economia 24/09/2014

Edição 1121

24/09/2014

Em meio ao agravamento das tensões no Oriente Médio, com ações de bombardeio à Síria coordenadas pelos EUA, investidores mostram-se cautelosos, favorecendo os ativos de menor risco.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu STOXX600 oscila em torno da estabilidade, neste momento, refletindo sentimento de enfraquecimento progressivo da economia europeia. Foi divulgado relatório pelo instituto IFO na Alemanha, que mostrou que a confiança do empresário alemão recuou pelo quinto mês consecutivo em setembro, marcando 104,7 de 106,3 em agosto. Demais praças também não mostram tendência única: Londres -0,21%; Paris +0,26% e Frankfurt -0,13%. O euro troca de mãos a US$ 1,2845, flutuando em torno do fechamento de ontem (US$ 1,2848).

Nos EUA, os índices futuros do S&P e D&J operam em alta nesta manhã, registrando variações de +0,16% e +0,13%, respectivamente. Na agenda, o destaque caberá aos discursos que dois membros do Fed efetuarão ao longo do dia: L. Mester – Fed de Cleveland e Charles Evans – Fed de Chicago. Essas manifestações ganham particular importância após a última reunião do Fed/Fomc, em que boa parte dos membros da instituição passou a advogar o início do ciclo do aperto monetário no primeiro semestre de 2015. São discursos que devem proporcionar novos períodos de altas e baixas nos mercados. No momento, o juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,53% ao ano, recuando ante os dias anteriores devido a busca por porto seguro.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou muito próximo da estabilidade. A China foi destaque de alta, com a bolsa de Xangai subindo 1,47%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou ganho de 0,35%. No Japão, a bolsa Tókio fechou em queda, em meio a um dólar mais fraco ante ao iene e acompanhando as quedas nas bolsas americanas nos pregões do dia anterior. O índice Nikkei fechou com baixa de 0,24%. O dólar é negociado a 108,59 ienes nesta manhã, contra 108,86 ienes no final da tarde de ontem em Nova York.

No mercado de petróleo, pesa a baixa demanda mundial do produto, levando a cotação do tipo WTI a US$ 91,65/barril, nesta manhã. Demais commodities: metais -0,23%; agrícolas +0,08% e metais preciosos +0,12%.

No mercado doméstico, investidores deverão reagir às últimas pesquisas eleitorais divulgadas ontem a noite (Ibope e Vox Populi), mostrando o enfraquecimento da candidatura de Marina Silva. A Bovespa deve aprofunda a queda observada ontem, enquanto o dólar deverá se manter em alta frente ao real, podendo frustrar a decisão do Banco Central de elevar a oferta de hedge cambial para reverter à alta da moeda americana. Em uma agenda doméstica fraca, a tendência dos juros futuros será ditada pelo desempenho do dólar, no dia de hoje.

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