Hoje na Economia 24/09/2015

Hoje na Economia 24/09/2015

Edição 1364

24/09/2015

Mercados apresentam elevada volatilidade nesta manhã, em meio às incertezas sobre o curso futuro da política monetária americana. Nesse sentido, as atenções dos investidores se concentrarão na palestra que Janet Yellen fará hoje (18hs de Brasília) em Massachusetts. Parte do mercado espera que ela sinalize para uma alta dos juros ainda este ano. Outra espera que confirme que as turbulências externas devem levar o Fed a postergar o início do aperto monetário para 2016. Espera-se que se desfaça a confusão gerada após o Fomc da semana passada.

Na Europa, mercados de ações operam em baixa. O índice STOXX600 registra queda de 0,45% no momento. Em Londres o índice FT100 recua 0,08%; o CAC40 de Paris perde 0,27% e o DAX de Frankfurt cai 0,61%. O euro é negociado a US$ 1,1208, com ganho de 0,20% ante a moeda americana.

No mercado americano, os futuros das principais bolsas de ações, S&P e D&J, também operam no vermelho, registrando quedas de 0,29% e 0,61%, respectivamente, no momento. O mercado acionário permanece volátil refletindo as incertezas referentes sobre a continuidade da política monetária estimulativa do Fed, responsável pelo "bull market" que vigorou desde 2009. O dólar mostra-se relativamente estável frente às principais moedas, enquanto o yield da Treasury de 10 anos recuou para 2,144% (-0,25%).

Na Ásia, bolsas fecharam sem uma direção única. O índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,2%. Em Tókio, após três dias de mercado fechado, bolsa local, medida pelo índice Nikkei, encerrou a sessão de hoje com perda de 2,76%. Diante de um ambiente carregado de incertezas, o iene foi favorecido pela busca de porto seguro. A moeda japonesa se fortaleceu frente às principais moedas, com o dólar sendo cotado a 119,92 ienes, nesta manhã. Na China, o índice Xangai Composto encerrou o dia em alta de 0,85%, enquanto, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,97%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI voltou a se valorizar após dois dias em queda. O barril é negociado a US$ 44,93, com alta de 1,0%. Commodities operam em ligeira alta (índice Bloomberg Commodity registra ganho de 0,3%), com destaque para metais básicos.

A aversão ao risco deve continuar predominando no mercado doméstico, derrubando ações, pressionando câmbio e juros. As dificuldades políticas enfrentadas pelo governo em montar uma base de apoio no Congresso que consiga aprovar as medidas de ajuste fiscal levam o mercado a trabalhar com cenário de déficit fiscal primário também em 2016, o terceiro ano seguido de déficit. Essa expectativa alimenta novas rodadas de rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de rating.

Na agenda de indicadores econômicos, será divulgada a Pesquisa Mensal de Emprego de agosto, apurada pelo IBGE. Deve mostrar a deterioração progressiva do mercado de trabalho brasileiro, com a taxa de desemprego atingindo 7,7%, contra 4,9% em agosto de 2014.

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