Hoje na Economia 25/02/2015

Hoje na Economia 25/02/2015

Edição 1220

25/02/2015

Não se pode dizer que prevaleça um clima de aversão ao risco no dia de hoje, mas também não se constata um ambiente de otimismo. A sinalização dada por Janet Yellen, ontem no Senado, de que as condições da economia americana seguem em recuperação, mas que não há pressa em começar a subir os juros, derruba o dólar, nesta manhã, enquanto as principais bolsas de ações internacionais mostram quedas discretas, motivadas por ajustes técnicos.

Os futuros dos índices de ações S&P e D&J operam com quedas moderadas (-0,08% e -0,02%, respectivamente), enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos volta a cair abaixo de 2,0% ao ano (1,96%, no momento). O índice DXY, que mostra o valor dólar em relação a uma cesta de moedas, perde 0,28%. Na agenda econômica, ocorre hoje na Câmara dos Deputados a segunda parte do testemunho semestral de Janet Yellen junto ao Congresso americano. Serão conhecidas, também, as vendas de casas novas, que em janeiro devem ter recuado 2,3% ante o mês anterior.

Na Europa, o quadro não é diferente. O índice pan-europeu de ações registra queda de 0,18%, no momento, após ter atingido o nível mais elevado desde 2007, na sequência do anúncio, ontem, do acordo para extensão por quatro meses do programa de financiamento da Grécia. Em Londres, bolsa local cai 0,27%; Paris -0,17% e Frankfurt -0,02%. O euro troca de mãos a US$ 1,1367 subindo em relação à cotação de US$ 1,1341 de ontem à tarde.

Na Ásia, os mercados de ações fecharam sem direção única. Na China, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial, apurado pela HSBC, subiu para 50,1 na leitura preliminar de fevereiro, de 49,7 em janeiro. Essa melhora não se traduziu em maior otimismo nos mercados da região. A bolsa de Tókio fechou em queda, com o índice Nikkei apurando perda de 0,10%. Reflexo do enfraquecimento do dólar frente ao iene, derrubando os papeis das exportadoras. A moeda americana é negociada a 118,77 ienes ante 118,93 ienes de ontem à tarde. Em Xangai, a reabertura dos negócios, após os feriados do Ano Novo Lunar, mostrou investidores cautelosos, ignorando a melhora mostrada pelo PMI industrial de fevereiro, preferindo esperar pelo Congresso Nacional do Povo que deve começar na semana que vem. O índice Composto fechou o dia com queda de 0,56%. Em Hong Kong, bolsa local apurou alta de 0,11%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 0,43% nesta manhã, sendo negociado a US$ 49,06/barril. Entre as demais commodities, destaque para a queda de metais básicos (-0,43%), enquanto agrícolas sobem 0,17%.

Nos mercados domésticos deve pesar a decisão da MOODY’S de rebaixar a nota de crédito da Petrobrás para Ba2 de Baa3, o que significa o rebaixamento para grau especulativo. Essa decisão deve ter repercussões negativas não só para os papeis da empresa como também para a economia brasileira. O efeito para a Bovespa deve ser negativo, enquanto que o dólar deve se valorizar frente ao real, colocando pressão altista sobre a curva de juros futuros.

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