Hoje na Economia 25/03/2014

Hoje na Economia 25/03/2014

Edição 996

25/03/2014

Com a crise Rússia/Ucrânia entrando em uma fase de acomodação, mercados buscam motivações internas para dar direção aos negócios em geral.

Na Ásia, influenciados pela má performance das bolsas americanas ontem, a pressão vendedora prevaleceu, levando a maioria dos mercados a fechar em baixa. O índice MSCI Asia Pacific registrou leve perda no dia de hoje (-0,1%). No mercado japonês, o índice Nikkei encerrou o pregão amargando perda de 0,36%, motivado por preocupações de que o quadro econômico atual não será capaz de contrabalançar o impacto recessivo provocado pela elevação do imposto sobre consumo, que entrará em vigor a partir do próximo mês. Pesa também, a relativa falta de progresso das reformas estruturais prometidas pelo atual governo. O dólar é negociado a 102,24 ienes, mesmo patamar observado no final de ontem. Na China, expectativas de que o governo deverá acelerar o crescimento levou a bolsa de Xangai a encerrar o dia próximo da estabilidade, enquanto a bolsa de Hong Kong amargou perda de 0,52%.

Na Europa, o dado sobe o sentimento das empresas coletado junto a empresários alemães pela IFO, que recuou para 110,7 em março contra 111,3 em fevereiro, não abalou o otimismo dos investidores, mantendo a maioria dos mercados de ações em alta. O índice STOXX600 registra valorização de 0,88% no momento, enquanto Londres, Paris e Frankfurt sobem 1,06%, 1,13% e 1,14%, respectivamente. O euro recuou para US$ 1,3808, contra US$ 1,3840, enquanto investidores esperam pelo pronunciamento de Mario Draghi, hoje às 13hs de Brasília.

Os futuros das bolsas norte-americanas S&P e D&J registram altas de 0,17% e 0,20%, respectivamente, nesta manhã. O dólar se aprecia frente às principais moedas – dólar index +0,15% – enquanto o juro da Treasury de 10 anos situa-se em 2,726% ao ano. Na agenda, a divulgação do índice de confiança do consumidor, que deve ter atingido 78,5 em março, pouco acima de 78,1 de fevereiro, segundo as projeções do mercado.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 99,94/barril (+0,35% no momento), enquanto as commodities metálicas sobem 0,77% em meio a especulações de que o governo chinês deverá adotar medidas para estimular o crescimento econômico.

No Brasil, os mercados devem repercutir o rebaixamento da nota brasileira pela agência Standard & Poor’s de BBB para BBB-, mantendo o "outlook" positivo. Para hoje, provavelmente, essa decisão deverá reverter a recente tendência positiva dos ativos brasileiros como as ações e o real. Mas qualquer reação negativa deverá ter fôlego curto, uma vez que, além de manter o grau de investimento, a agência colocou a perspectiva da nota como favorável, numa indicação de que se o governo assegurar uma política fiscal e monetária que mantenha a inflação sob controle, a nota BBB pode ser recuperada à frente.

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