Hoje na Economia 25/04/2014

Hoje na Economia 25/04/2014

Edição 1017

25/04/2014

Um sentimento de aversão ao risco permeia os negócios no dia de hoje. O aumento das tensões na Ucrânia colocam os investidores na defensiva, sobrepondo-se aos bons resultados corporativos que vem sendo divulgados, tanto nos Estados Unidos como na Europa.

Mesmo após a divulgação dos bons balanços da MICROSOFT e AMAZON, ontem no after-hours, os futuros das principais bolsas americanas prenunciam um dia de queda. Os índices futuros do S&P e D&J registram queda de 0,11% e 0,18%, respectivamente, no momento. O dólar sofre ligeira depreciação frente às principais moedas (dólar index: -0,11%), enquanto o yield da Treasury de 10 anos recuou para 2,66% ao ano. Na agenda está prevista a divulgação do índice de confiança do consumidor, apurado pela Universidade de Michigan, que deve ter fechado abril em 83,0, segundo as projeções (anterior 82,6).

Na Europa, além das preocupações com a parte oriental do continente, resultados mais fracos divulgados por algumas empresas contribuem para uma manhã negativa para o mercado acionário da região. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com queda de 0,38% no momento. Demais praças também registram perdas: Londres -0,20%; Paris -0,25% e Frankfurt -0,82%. O euro troca de mão a US$ 1,3844 contra US$ 1,3832 de ontem à tarde.

Na Ásia, mercados fecharam em baixa. O índice MSCI Asia Pacific perdeu 0,4% no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei fechou com alta discreta (+0,17%), enquanto o iene permanecia relativamente estável frente à moeda americana. No momento, o dólar é negociado a 102,21 ienes, que se compara 102,33 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto perdeu 1,0%, motivado pela divulgação de fracos resultados corporativos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng amargou queda de 1,50%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI encerra a semana acumulando perdas em torno de 2,9%, após três semanas de ganhos consecutivos. Nesta manhã, é negociado a US$ 101,34/barril (-0,60%), reflexo dos elevados estoques de petróleo reportado pelos EUA. Demais commodities operam em alta, com destaque para metais +0,68%, agrícolas +0,05% e metais preciosos +0,62%.

A Bovespa deve abrir de olho no exterior, acusando as influências negativas de um dia em que prevalece certa aversão ao risco. Mas deve também avaliar os benefícios para a Vale, que ganhou recursos contra impostos das coligadas no exterior. No mercado de câmbio, o dólar deve reagir à decisão do Banco Central de não anunciar o leilão de swap para hoje, bem como pela divulgação dos dados sobre o déficit nas contas externas de março. No mercado de juros, as tensões na Ucrânia, derrubando os juros longos americanos, devem contribuir para elevar a participação dos estrangeiros nos mercado de renda fixa brasileiro.

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