Hoje na Economia – 25/05/2022

Hoje na Economia – 25/05/2022

As principais bolsas internacionais operam sem direcional único, nesta manhã. As bolsas europeias abriram em alta, os futuros americanos não sustentaram a alta no overnight e exibem quedas moderadas no momento. Os juros dos Treasuries operam estáveis, após o tombo de ontem, enquanto o dólar se valoriza, buscando recuperar das perdas recentes.

Hoje o principal evento, que pode mover os mercados, será a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed (Fomc), que vem elevando os juros desde março na tentativa de combater a inflação que atingiu o maior nível desde os anos 80. O documento deve dar força a estratégia de se promover novas altas de 50 bps nas próximas reuniões, objetivando levar a taxa básica de juros (fed funds) para níveis acima do juro neutro (2,5%) até o final deste ano.

O rendimento pago pelo T-Bond de 10 anos estabilizou-se em 2,74% ao ano, após a procura por porto seguro derrubar os yields no dia de ontem. O índice DXY do dólar avança para 102,27 pontos, valorizando 0,42%, no momento, subindo para 127,02 ienes, enquanto o euro recua a US$ 1,0675 (-0,57%) e a libra cai para US$ 1,2512, desvalorizando 0,15%. Os futuros das bolsas de Nova York não conseguiram sustentar a alta observada na madrugada, voltando a operar no vermelho nesta manhã. O índice futuro do Dow Jones perde 0,18%; S&P 500 cai 0,15% e o Nasdaq recua 0,19%, continua sendo impactado pela queda das ações de tecnologia. Além da divulgação da ata do Fomc, a agenda traz encomendas de bens duráveis e a participação de dirigente do Fed em evento (VP do Fed, Lael Brainard às 13h15).

Na Ásia, as bolsas, em sua maioria, fecharam em alta, mas sem grandes destaques. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, registrou ganho modesto de 0,1% no pregão de hoje. Notícias de que a China está disposta a dar mais estímulos para impulsionar a economia em meio a sua pior onda de covid-19 animaram os investidores asiáticos. Os mercados chineses se recuperaram da queda de ontem; o índice Xangai Composto subiu 1,19%. Em Hong Kong, o Hang Seng registrou alta modesta de 0,29%, enquanto o sul-coreano Kospi teve ganho de 0,44% em Seul. Em Taiwan, o Taiex valorizou 0,88%. Na contramão da região, o japonês Nikkei encerrou a sessão com queda de 0,26% em Tóquio.

Na Europa, a alta do petróleo beneficia as ações das mineradoras e setor de energia, levando o índice pan-europeu de ações STOXX600 a exibir alta de 0,33%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,42%; o CAC40 avança 0,12% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,13%. O Banco Central Europeu (BCE) encontra-se mergulhado em discussões sobre o grau de agressividade da política monetária necessária para combater a escalada da inflação. A presidente da instituição defende que a compra de ativos através do programa APP deve ser concluída no início do terceiro trimestre e que o primeiro aumento de juro provavelmente virá em julho.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta manhã, procurando se recuperar da queda de ontem. O contrato futuro do petróleo tipo WTI sobe 1,54%, cotado a US$ 111,46/barril.

A agenda econômica doméstica não traz nenhum indicador relevante nesta quarta-feira. Destaque fica para o campo político, onde a Câmara dos Deputados deve votar o projeto que reduz a alíquota do ICMS para 17% para combustíveis e energia elétrica. O Ibovespa deve seguir o exterior, favorecido pelas notícias de mais estímulos na China, mas sujeito a volatilidade por conta da ata do Fed. Os juros futuros devem continuar pressionados por conta da revisão altista para a inflação deste ano após a surpresa do IPCA-15 de maio. O câmbio deve flutuar ligeiramente abaixo de R$ 5,00/US$, sem direcional claro.

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