Hoje na Economia 25/06/2014

Hoje na Economia 25/06/2014

Edição 1057

25/06/2014

O mercado de capital global amanhece com clara aversão ao risco estampada nos recuos das bolsas europeias e nos futuros americanos e na valorização da renda fixa considerada "safe haven". O aumento da escalada da violência no Iraque e das tensões na Ucrânia leva os investidores a evitarem ativos de risco.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações opera com queda de 0,64% nesta manhã, caminhando para seu quarto dia consecutivo de queda. Todos os principais mercados da zona do euro operam no vermelho, com destaque para: Londres -0,63%; Paris -0,65% e Frankfurt – 0,36%. O euro troca de mãos a US$ 1,3605 no momento, mantendo-se, relativamente, estável em relação à tarde de ontem (US$ 1,3608).

Nos Estados Unidos, os índices futuros das principais bolsas de ações americanas (S&P e D&J) operam com discretas quedas, nesta manhã. Investidores aguardam a divulgação final do PIB do 1T14, que provavelmente mostrará que o recuo da economia no período foi mais intenso do que o anunciado inicialmente. As projeções apontam para uma queda de 1,8% do PIB no período, contra -1,0% da divulgação anterior. Esse quadro reforça a tese de que a retomada do crescimento é frágil e desequilibrada corroborando com a tese do Fed de que deve manter os juros baixos por considerável período de tempo. Essa expectativa e a busca por ativos seguros derrubaram o juro da Treasury de 10 anos para 2,57% ao ano no dia de hoje, enquanto que o dólar mostra-se relativamente estável frente às principais moedas.

Na Ásia, a maioria dos mercados encerrou o dia no terreno negativo. O índice MSCI Asia Pacific apurou perda de 0,5%. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei perdeu 0,71%. Os resultados negativos das bolsas americanas no dia de ontem e a decepção com os pronunciamentos governamentais em torno de medidas para alavancar o crescimento levaram a uma realização de lucros, dando o tom negativo no pregão de hoje. No mercado de moedas prevaleceu a estabilidade: o dólar é negociado a 101,94 ienes nesta manhã, próximo da cotação de 101,93 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Coposto perdeu 0,41%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o dia com perda de 0,06%.

No mercado de petróleo, as tensões no Oriente Médio mantêm os preços do petróleo pressionados, No momento, o produto tipo WTI é negociado a US$ 106,64/barril, com valorização de 0,58%. Demais commodities operam no vermelho, com uma única exceção: metais sobem 0,48%, nesta manhã.

No mercado doméstico, a grande novidade vem da área cambial. O Banco Central anunciou que estenderá, pelo menos até o dia 31 de dezembro próximo, a oferta de swaps cambiais, mantendo a oferta diária de US$ 200 milhões. Esse anúncio deve apaziguar os temores dos investidores estrangeiros ao assegurar a devida proteção cambial para os ingressos de capitais externos. Com isso, a taxa de câmbio deve continuar a flutuar em R$ 2,20 e R$ 2,30/US$, o que parece ser uma zona de conforto para o BC, no momento. O dólar deve operar em baixa ante ao real, que conjugado ao recuo dos juros americanos nesta manhã, aponta para provável fechamento da curva de DIs futuros.

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