Hoje na Economia – 25/06/2020

Hoje na Economia – 25/06/2020

Mercados financeiros operam sem direção única hoje, com o receio de uma segunda onda de Covid-19 interrompendo a reabertura das economias ainda pesando sobre o humor dos investidores. Dados de novos casos e hospitalizações subiram em especial nos estados do sul dos EUA.

Na Ásia, os mercados fecharam em sua maioria em queda. Houve queda de -0,4% no índice MSCI Asia Pacific, com recuo forte de -1,22% no Nikkei225 de Tóquio, -2,27% no KOSPI de Seul e -0,50% no Hang Seng de Hong Kong. A bolsa de Xangai na China não operou devido a feriado. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,16%, cotado a ¥/US$ 107,21.

As bolsas europeias operam sem direção única. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,25%, puxado pelos índices CAC40 de Paris, +0,29%, e DAX de Frankfurt, +0,56%. Entretanto, há queda de -0,03% no FTSE100 de Londres. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,25%, cotado a US$/€ 1,1223, enquanto a libra está se valorizando, +0,14%, cotada a US$/£ 1,2436. A confiança do consumidor na Alemanha veio acima do esperado, -9,6 contra mediana de projeções de -12,0, mas ainda assim o juro futuro de 10 anos da Alemanha recua 1 pb, para -0,46% a.a..

Sinais de que a disseminação do coronavírus voltou a ganhar força fizeram as bolsas americanas recuarem forte ontem, com queda de -2,59% no S&P500. Hoje o futuro desse índice tem nova queda, mais modesta, de -0,27%. O dólar está ganhando valor contra a maioria das moedas no momento, com o índice DXY subindo 0,14%. Os juros futuros americanos estão caindo, com a taxa da Treasury de 10 anos recuando 2 pb, para 0,66% a.a.. Hoje saem diversos dados sobre atividade, com destaque para as encomendas de bens duráveis de maio, que devem ter subido 10% M/M, e os pedidos semanais de seguro desemprego, que devem ter recuado de 1,5 milhão para 1,3 milhão.

As commodities operam em queda quase generalizada no momento, com recuo de -0,44% no índice geral da Bloomberg. O preço do petróleo cai pelo terceiro dia consecutivo, com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 37,78, uma desvalorização de -0,58%. Há recuos fortes também no níquel (-2,25%) e no açúcar (-0,84%).

No Brasil, ontem o Congresso aprovou a lei de saneamento básico, que permite a privatização desse serviço, por ampla maioria no Senado. Hoje já foi divulgado o IPC-FIPE da 3ª semana, que veio abaixo do esperado (0,30% contra 0,34%). O IPCA-15 sairá às 9 horas, e deve ter caído -0,06% M/M segundo a mediana de projeções da Bloomberg. O Relatório Trimestral de Inflação será divulgado, podendo influenciar o comportamento dos juros futuros ao detalhar as projeções do Banco Central e indicar o quão provável é uma nova queda na taxa Selic. Hoje também ocorrerá a reunião do Conselho Monetário Nacional, que deve ratificar a meta de inflação para os anos de 2021 e 2022 e decidir a meta para 2023, o que pode ter impacto sobre a inflação implícita dos títulos públicos mais longos. A queda dos preços de commodities deve contribuir para recuos na bolsa brasileira e desvalorização do real. O ambiente internacional mais avesso ao risco, em especial nos EUA, também deve contribuir para isso.

Topo