Hoje na Economia – 25/06/2021

Hoje na Economia – 25/06/2021

Esta sexta-feira promete ser mais um dia favorável aos ativos de risco, em especial para o mercado acionário. Investidores mais focados nas perspectivas de crescimento global, deixando em segundo plano as preocupações com as possibilidades de redução dos estímulos monetários. Prevalecem os efeitos do acordo bipartidário obtido pelo Presidente Joe Biden em torno de um projeto de infraestrutura, no montante de US$ 579 bilhões, que deve dar suporte à economia americana nos próximos anos.

Nos mercados, os futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, sugerindo que os mercados à vista devem ampliar os ganhos de ontem, buscando novos recordes. O futuro do Dow Jones sobe 0,23%; S&P 500 tem alta modesta de 0,07%; Nasdaq avança 0,15%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,50% ao ano, enquanto o dólar opera em leve baixa (índice DXY do dólar recua 0,06%, para 91,76 pontos). Os investidores aguardam pelo indicador de inflação PCE (deflator dos gastos pessoais) referente a maio, o qual é a principal referência de preços olhada pelo Fed. No mês passado, a inflação anual americana medida pelo CPI (preços ao consumidor) atingiu 5%, o maior nível em 13 anos. Segundo as projeções dos analistas, o PCE deve mostrar alta anual de 3,9% e o núcleo deve subir 3,4% em maio. Investidores também devem monitorar os pronunciamentos de dirigentes do Fed previstos para hoje, em busca de sinais sobre quando começará o processo de aperto monetário.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, acompanhando o tom positivo de Wall Street ontem, após o presidente americano, Joe Biden, anunciar acordo em torno de sua proposta de gastos em infraestrutura. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com ganho de 0,90%, acumulando alta de 1% na semana. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,66% em Tóquio; o Hang Seng avançou 1,40% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi valorizou 0,51% em Seul; em Taiwan, o Taiex registrou ganho de 0,55%. Na China, o índice Composto de Xangai registrou valorização de 1,15%. A moeda japonesa é negociada a ¥ 110,71/US$, valorizando 0,14%, nesta manhã.

As bolsas europeias operam no vermelho, ainda que com variações modestas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda discreta de 0,06%. Em Paris e Frankfurt, o CAC40 e o DAX perdem 0,27% e 0,29%, respectivamente, enquanto em Londres, o FTSE100 opera com alta marginal de 0,07%. O euro é negociado a US$ 1,1939, valorizando 0,07%. A libra perde 0,06% ante ao dólar, cotada a US$ 1,3908, ainda reflexo da decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de manter sua política monetária acomodatícia inalterada, minimizando os riscos de inflação.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta, mas com baixas variações. O futuro do petróleo WTI sobe 0,07%, cotado a US$ 73,33/barril, no momento. Investidores à espera da reunião da Opep+ que deverá deliberar sobre eventual aumento da produção do grupo nos próximos meses.

O IBGE divulga, nesta manhã, a prévia da inflação oficial, o IPCA-15 de junho. De acordo com a mediana das projeções do mercado, o índice deve registrar alta de 0,85% no mês e 8,16% no acumulado em doze meses. Ontem, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou em 3% a meta de inflação para 2024, reforçando o compromisso de levar a inflação brasileira para níveis internacionais. Inflação por aqui e nos EUA deve levar a ajustes na curva de DIs futuros. A Bovespa deve abrir em alta acompanhando o otimismo americano, enquanto o real pode sustentar os atuais patamares em vista da fraqueza externa do dólar.

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